A forte expansão da fonte eólica nos próximos anos, em que deve agregar cerca de 10 GW até 2024, foi citada pelo ministro Bento Albuquerque na abertura do 13º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos, realizado nesta quinta-feira, 29 de julho, de forma virtual. Albuquerque ressaltou que o Brasil vem sendo protagonista na transição energética e que, em 2020, a fonte eólica respondeu por cerca de 10% da geração, batendo recordes na operação do sistema nos últimos anos.
Outro aspecto que o ministro destacou foi a superioridade nos índices sociais e econômicos que as cidades em que são construídas usinas eólicas tem na comparação com outras que não possuem usinas. “Cidades com parques eólicos tem performance de 20% maior no PIB e IDH”, avisa.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também participou do painel de abertura. Ele revelou a intenção de lançar um edital de concessão para geração energia eólica na Lagoa dos Patos. O estado, que é o quinto em geração eólica, já tendo recebido R$ 11 bilhões em investimentos, possui 1,8 GW instalados, com importantes complexos eólicos, como Osório e Santa Vitória do Palmar.
Leite ressaltou ainda o esforço feito nos últimos anos para destravar novos projetos. A transmissão era um gargalo para esses projetos e desde os últimos leilões de LTs de 2018 o estado tem buscado agilizar o licenciamento. “Estamos com R$ 6,5 bilhões de investimentos em transmissão, 3.200 quilômetros de linhas’, revelou. O estado gaúcho tem 10,8 GW em projetos que podem ser viabilizados.
Há ainda no estado o projeto de um parque eólico offshore da Neoenergia, localizado no litoral das cidades de Capão da Canoa e Xangri-lá, na região Norte. A fonte offshore ainda não está regulamentada no país. Segundo Leite, o potencial eólico offshore do estado pode chegar a até 80 GW e nas lagoas, a até 34 GW.