Apesar do progresso dos últimos anos, um estudo realizado pela FESA Executive Search, empresa de seleção de executivos C-Level do Grupo FESA, com as 25 principais empresas de energia que atuam no Brasil, aponta que o gênero masculino ainda corresponde à grande parte de executivos de alta gestão na área de energia. O estudo considerou empresas nos setores de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, mapeando um total de 238 profissionais.
Apesar de dados do CREA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) apontarem para um crescimento de 42% no número de profissionais femininas registradas entre 2016 e 2018, o levantamento da FESA mostra que apenas 19% dos cargos são exercidos por mulheres, sendo que apenas 6% atuam nas posições de negócios, como CEO ou líder das áreas de Operações, Manutenção, Novos Negócios ou Engenharia / Construção. Se forem consideradas posições de apoio ao negócio, como nas áreas Jurídico/Regulatório, RH, financeiro ou Comunicação, o número de mulheres chega a 13%.
Ainda de acordo com o estudo feito pela empresa, o segmento de Distribuição é o mais inclusivo, com 31% de mulheres na gestão. Em seguida aparece a Geração de Energia, com 23%, enquanto os setores de Transmissão e de Comercialização apresentam apenas 13% e 12% de mulheres no C-level, respectivamente.
Em relação à origem do capital, as empresas mais inclusivas são as de capital europeu, com uma média de 39% de mulheres na alta liderança, enquanto empresas de origem brasileira e norte americana apresentam 22% e 11% de mulheres, respectivamente. Na EDF Renewables, empresa francesa que vem expandindo sua atuação no Brasil, as mulheres representam 42% ao todo da empresa e 50% dos membros do Comitê de Direção.