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A previsão da meteorologia para o próximo trimestre mostra que as condições para o retorno do fenômeno climático La Niña está se formando. Houve um resfriamento das águas do Pacífico Equatorial a partir do mês de julho. Esse comportamento indica essa possível formação do efeito que no último ano que redundou no menor volume de vazões dos últimos 91 anos no país para fins hidrelétricos.

Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, 29 de julho, durante o primeiro dia da reunião mensal para o Programa Mensal de Operação para o mês de agosto. A estimativa é de que o La Niña esteja configurado a partir dos meses de outubro ou novembro em diante.

Até lá deverá se manter na neutralidade. Um dos fatores que corroboram essa análise é o resfriamento das águas para um nível abaixo da média nas chamadas águas sub-superficiais, que é uma das condições de suporte para a confirmação.

De uma forma geral, disse o meteorologista do ONS, o fenômeno meteorológico que impacta nas chuvas no Brasil costuma ocorrer por dois anos seguidos. Além dos alertas de agências norte-americanas sobre ocorrência a partir da primavera no hemisfério sul, meteorologistas veem a chance desse retorno.

Em relação às vazões para até o final de novembro, um estudo do ONS aponta que as bacias no Sudeste/ Centro-Oeste deverão continuar pressionadas com volumes bem abaixo da média histórica. Essa é a condição projetada para o Grande, Paraná, Tietê e Paranaíba. No Sul a condição pode ser alterada rapidamente, pois qualquer chuva tem uma resposta rápida.

No São Francisco segue a mesma projeção. No Tocantins a situação melhora no final desse período mas ainda abaixo da MLT. Na bacia do Madeira o modelo aplicado para o estudo aponta vazões bem melhores, próximas à média histórica.

Disponibilidade térmica

A paralisação da rota 1 e da plataforma de mexilhão por parte da Petrobras levam a uma redução da disponibilidade de térmicas no Sudeste e Centro-Oeste. De um total de 10.031 MW de potência instalada nesse submercado, há disponibilidade de 7 GW nas duas primeiras semanas do mês e a parada para manutenção reduz esse volume para cerca de 6,6 GW.

No Sul há disponibilidade na casa de 2.200 MW ante uma potência de 2.957 MW. No Nordeste, de um total de 5.373 MW instalados estão disponíveis volumes que variam semanalmente entre 3.565 MW a até 4.050 MW. No Norte a disponibilidade está próxima da capacidade nominal naquela região que é de 3.264 MW.

A partir do final do mês de agosto a UTE Porto do Sergipe começará a fazer parte dos dados de despacho térmico a GNL do ONS com 1.045 MW médios passando nas semanas seguintes a 1.219 MW médios. As obras que estavam sendo conduzidas na central de geração deverão terminar em 20 de setembro e elevar a disponibilidade a 1.515 MW médios após esse período.

Carga

As projeções de carga apresentadas pelo ONS na reunião do PMO para o mês de agosto ainda não consideram a segunda revisão quadrimestral da carga. Até porque os dados serão aplicados apenas a partir de setembro.

De acordo com o ONS o país deverá apresentar carga de 67.589 MW médios em agosto, um crescimento de 4,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o consumo já apresentava nível de recuperação depois das primeiras medidas de restrição por conta do combate à covid-19. No ano a estimativa é de alta de 3,7% ante 2020.

Para o Sudeste/Centro-Oeste, a estimativa para agosto é de alta de 4,2%, para 39.021 MW médios. No ano a expectativa até o momento é de alta de 3,6%. No Nordeste o índice é de expansão de 7,5% para 11.110 MW médios ao final do próximo mês o que leva a uma alta de 4,1% no acumulado de 2021. Para o Norte a projeção é de 6.053 MW médios, alta de 3,9% e no ano o crescimento deverá ser de 5,9%. No sul, o volume esperado é de 11.405 MW médios, expansão de 3,6% e de 2,8% no ano.