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Em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia, o presidente da Delta Geração, Luiz Fernando Leone Vianna, revelou que a empresa vai acrescentar ao portfólio mais 100 megawatts (MW) em geração eólica e solar até o fim de 2021.
A empresa recentemente colocou em operação comercial a térmica a gás William Arjona, de 190 MW, e agora mira no segmento renovável. “A ideia é que William Arjona seja a nossa primeira geradora e a partir dela, no segundo semestre, venham outros. A gente tem alguns NDAs [acordo de não-divulgação] com possíveis vendedores de projetos e teremos novidades nas áreas de fotovoltaica e também usinas eólicas”, disse.
Segundo o executivo, entre os motivos da escolha dessas fontes, a questão dos preços e da competitividade foi o que pesou mais. Vianna não revela detalhes de quem são os parceiros nem investimentos, mas contou que a energia deve ser comercializada no mercado livre, que é para onde a expansão do sistema segue. “Esses 100 MW serão contratados esse ano e provavelmente entrarão em operação no final de 2022”.
A Delta estuda agora o melhor lugar para implantação da planta. Além da sondagem na região Nordeste do Brasil, que possui os melhores níveis de insolação e ventos para geração, a companhia estuda o estado do Mato Grosso do Sul, onde fica a UTE William Arjona e uma fábrica de biocombustíveis.
“Um dos critérios da escolha dos sites são locais que tenham acesso facilitado a linhas de transmissão, porque isso interfere muito no custo”.
Não é de agora que as restrições na rede limitam o transporte de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN) por conta de atrasos em projetos e obras e as fontes ainda competem entre si por gargalos na transmissão.