A AES Brasil fechou o segundo trimestre de 2021 com um lucro líquido de R$ 27,5 milhões, valor que é 76,9% inferior ao mesmo período de 2020, quando a empresa lucrou R$ 118,9 milhões. O desempenho da companhia foi afetado pelo agravamento da crise hídrica e aumento das compras de energia para equacionar a situação de seu balanço energético.

O Ebitda (sigla em inglês que significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da AES Brasil recuou 6,6% no período, para R$ 257 milhões, também por conta do contexto hidrológico.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, a presidente da AES Brasil, Clarissa Sadock, avalia que foi um semestre desafiador, mas ela considera que as aquisições dos complexos eólicos Mandacaru e Salinas e novos PPAs reduziram a exposição da companhia ao estresse hídrico.

“A gente finalizou a aquisição do parque em dezembro, de 159 MW, e agora estamos operando. Nosso time ficou bastante envolvido de iniciar um processo de ‘turn-around’. Pegamos com um fator de capacidade de 89% e o objetivo é levá-lo até 96%”, disse Clarissa.

A executiva observa que os preços da energia continuarão pressionados, dada a necessidade de recuperação dos reservatórios pelo país e que ela e os executivos da empresa vão seguir com os planos de complementaridade de fontes.