O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho apresentou alta de 0,96%, 0,43 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,53% registrada em junho, sendo a maior variação para um mês de julho desde 2002, quando o índice chegou a 1,19%, informa o IBGE, reportando alta de 4,76% no acumulado do ano e de 8,99% nos últimos 12 meses.
Dos nove segmentos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em julho, com a maior variação (3,10%) e o maior impacto (0,48 p.p.) vindo do grupo Habitação, impactado pela alta de 7,88%, na energia elétrica, que acelerou 1,95% em relação ao mês anterior e registrando o maior impacto individual do índice no mês, de 0,35 p.p.
A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de junho e julho, tendo ainda um reajuste de 52% como valor adicional, que representou R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. Antes, o acréscimo era de R$ 6,243.
Além disso, o resultado é consequência dos reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo (12,45%), a partir de 4 de julho, de 8,97% em Curitiba (11,34%), a partir de 24 de junho, e de 9,08% em uma das concessionárias de Porto Alegre (8,02%), a partir de 19 de junho. Este último não havia sido incorporado no IPCA de junho, sendo captado em sua totalidade nesse índice.