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Com um aporte que pode chegar a até R$ 1 bilhão em 60 centrais fotovoltaicas destinadas a geração compartilhada por cotas de assinatura aos consumidores finais, a AXS Energia, do mesmo grupo da Araxá Solar, inicia suas operações nesse ano com a construção de três usinas em Minas Gerais, entregando 10 MW, além de mais duas até o fim do ano no Paraná, com os estados de São Paulo e Mato Grosso recebendo suas primeiras unidades em 2022.
Como a plataforma está moldada no meio digital, o CEO Rodolfo de Sousa Pinto, define a AXS como uma energytech e cleantech do setor elétrico, tendo expectativa de atingir entre 10 mil e 15 mil clientes até 2023, com foco em pequenos comerciantes e faturas de energia de R$ 500 a R$ 3 mil para um consumo entre 400 KWh e 22.000 KWh por mês, mas avançando com um piloto para estudar a possibilidade de expansão para clientes residenciais.
“Acreditamos que haverá uma penetração desse nicho que tem um modelo contratual distinto na medida em que o tema da energia fique cada vez mais relevante. É uma tese que estamos apostando e que vamos amadurecer nessa primeira fase do projeto”, disse Sousa Pinto em entrevista à Agência CanalEnergia.
Empresa espera faturar R$ 200 milhões ao ano quando todas usinas estiverem prontas (AXS Energia)
Na visão do executivo, que também é diretor-presidente da Seta Engenharia e Araxá Solar, entre os diferenciais da AXS está a concepção de uma estratégia bem definida para geração compartilhada, sem outra modalidade de negócio, o que permite montar um modelo de marketing e de vendas mais assertivo e eficiente, numa jornada diferenciada em termos de tratamento e benefício, além de citar a origem da Araxá na área de engenharia e construção desde 2011 como outro trunfo.
“Trazemos uma bagagem de tecnologia e engenharia que é muito importante, além da busca por uma não regionalização em Minas Gerais. Vamos estar lá, mas também em outras regiões” destaca, afirmando ser uma visão estratégica de não ficar preso aos benefícios do estado e oferecer uma solução para localidades que atualmente não são atendidas.
Com fornecedores clássicos de painéis como Trina Solar e Canadian, além de inversores da Sungrow e trackers da STI, o grupo tem expertise para desenvolver e entregar usinas de todos os tamanhos no mercado, mas tem como padrão construir pacotes de cinco unidades moduladas para ter um ganho de escala e acompanhar a evolução tecnológica dos produtos, principalmente quanto aos módulos.
“Flexibilizar a engenharia para não ter uma padronização tão burocrática”, define Rodolfo Pinto, informando que ao todo serão 155 MW entre 45 usinas, sendo 100 MW em 2022 e os últimos 45 MW para 2023. Já a fase B do projeto prevê mais R$ 250 milhões em recursos e 15 usinas, o que dependerá do avanço do mercado e questões regulatórias.
Planos para o futuro
Quanto as perspectivas para o futuro, além da previsão de faturar R$ 30 milhões no ano que vem, R$ 150 milhões em 2023 e R$ 200 milhões ao ano a partir de 2024, quando todas usinas estiveram prontas, o CEO destaca que o grande charme da energia solar é que ela pode ser feita em muitos lugares e que após a massificação de seu uso naturalmente o mercado se voltará para soluções de armazenamento e mobilidade elétrica.
“Passado o ciclo da GD vamos para o armazenamento e nossa aposta é que até 2030 a indústria automobilística esteja 100% voltada para os elétricos”, avalia o executivo.
Ele lembra que entre as marcas que atuam no grupo também estão a Araxá Engenharia e Mobs – Armazenamento e Mobilidade Elétrica, que visa justamente oferecer soluções nesses segmentos, prevendo lançamentos para 2022 em diante.
“Estamos estudando frotas urbanas com soluções em GD e mobilidade para grandes empresas de distribuição ou mesmo pequenos comerciantes, como por exemplo floriculturas, conseguindo fazer modelos atrativos financeiramente”, finaliza.