A Cemig informou que o número de clientes prejudicados por queimadas em sua área de concessão aumentou 6,4 vezes nos sete primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2020. De janeiro até julho desse ano, a companhia registrou 145 queimadas que interferiram no funcionamento da rede elétrica, interrompendo o fornecimento para mais de 277 mil clientes, ante as 93 ocorrências que causaram interrupção para cerca de 43 mil clientes no mesmo período do ano passado.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado de Minas Gerais registrou um aumento de 104% no número de focos ativos nos primeiros sete meses do ano, quando comparado com o mesmo período de 2020, ficando 65% acima da média anual. Este aumento significativo tem relação com diversos fatores, mas o principal está relacionado com a fraca estação chuvosa de 2020/2021, que conduziu a umidade do solo a níveis mais baixos do que o usual neste período.
Além de queimar postes e os cabos da rede elétrica, especialmente na área rural, os incêndios podem causar curtos circuitos que interrompem o fornecimento de energia, podendo prejudicar hospitais, postos de saúde, indústrias, serviços, produção rural e até mesmo cidades inteiras. Para minimizar as ocorrências deste tipo em sua área de concessão, a Cemig destacou que realiza, todos os anos, campanhas para conscientizar a população dos danos provocados pelas queimadas, que prejudicam não apenas milhares de clientes, mas também destroem a natureza, matam animais silvestres e colocam em risco o patrimônio de particulares.