Após mais que dobrar o seu lucro no segundo trimestre, chegando a R$ 17,7 milhões, a Focus Energia segue focada na implementação de seus projetos, como nos 671 MW solares de Futura 1, previsto para operar em abril de 2022 na Bahia, além da alocação de recursos em um pipeline diversificado, seja organicamente ou via fusões e aquisições.
Segundo o CEO da companhia, Alan Zelazo, a estratégia na comercialização seguirá ainda mais conservadora para o segundo semestre devido à atual crise hídrica e configuração de operação do SIN, com muito despacho termelétrico e o descompasso entre preço e valor da energia.
“Vamos seguir atuando mais como originador e entendemos que o preço de janeiro de 2022 pode entrar no teto regulatório, por isso já começamos a fazer pequenas vendas para o ano de forma bem conservadora”, disse o executivo em teleconferência ao mercado nessa terça-feira, 17 de agosto.
A ideia é vender a energia na forma convencional a partir dos 22 parques fotovoltaicos previstos no projeto Futura 1 para num eventual adiamento da entrada em operação dos ativos a empresa poder administrar um swap para a energia incentivada. “Para 2023 começamos a fazer vendas maiores pois temos mais assertividade com relação a entrada de operação dos parques”, complementa Zelazo.
Quanto ao risco hidrológico (GSF) esperado, o executivo confirma o cenário de referência com previsão de 70% para esse ano e de mais de incerteza para 2022 em função do período úmido poder efetuar ajustes junto às expectativas, que apontam para GSF em torno de 75% a 80% para o ano que vem.