O Índice Comerc, que desde 2015 avalia o consumo de energia pelos principais setores da economia, apontou que após encerrar o primeiro semestre em alta, o consumo de energia inicia a segunda metade do ano com leve recuo. O consolidado de julho apresentou queda de 0,64% no consumo de energia em comparação ao mês anterior. O desempenho foi influenciado, principalmente, pelo setor de Embalagem com diminuição de 4,62%, seguido por Veículos e Autopeças que recuou 2,93%, Química diminuiu 2,87% e por último, Papel e Celulose com recou de 2,25%.

Ainda de acordo com a Comerc, na contramão, os setores de Manufaturados e Materiais de Construção apresentaram ligeiro aquecimento, com aumento de 4,66% e 1,86%, respectivamente, no consumo de energia. Dos 11 setores analisados, apenas um registrou queda, o de Embalagens, cujo consumo de energia recuou 2,48% na comparação do período. Já na comparação com julho 2020, o consumo consolidado de julho deste ano apresenta alta de 6,64%.

O início do segundo semestre também é marcado pelo potencial de crise hídrica, o que tem provocado aumento das tarifas de energia em todo país e, consequentemente, poderá impactar na produção industrial e no consumo de energia até o final do ano. Para o Vice-presidente do Grupo Comerc, Marcelo Ávila, os setores analisados pelo Índice Comerc tendem a sentir menos esses impactos, já que no Ambiente de Contratação Livre os contratos são mais flexíveis, fazendo com que os impactos nas tarifas de energia sejam menos sentidos. E ressalta que não vê risco de desabastecimento, pelo contrário, pois muitos setores já estão se preparando para importantes datas deste semestre, como Dia das Crianças e festas de fim de ano, que costumam aquecer a produção industrial e a economia.