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A energia nuclear está em uma encruzilhada, mas pode ser fundamental no movimento global de descarbonização da matriz. Enquanto alguns países estão avançando com planos de eliminação, outros – especialmente a China – estão expandindo rapidamente as frotas de reatores. Segundo análise da consultoria Wood Mackenzie, o mundo precisaria de US$ 2 trilhões em investimentos para construir uma nova capacidade de geração de energia para descarbonizar a geração e manter as temperaturas médias bem abaixo de 2 graus Celsius.

De acordo com a empresa, em um cenário de rápido crescimento da demanda por energia e das energias renováveis, fontes flexíveis e despacháveis ​​serão essenciais. Por isso considera que os chamados reatores modulares de pequeno porte (SMRs, na sigla em inglês), são uma opção ao lado da captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e hidrogênio. Normalmente dentro da faixa de 150-450 MW, oferecem uma solução potencial, pois se tornam mais baratos, mais rápidos e mais fáceis de construir.

Em reportagem especial sobre fonte nuclear no país publicada no final de abril, essa opção foi apontada pelo presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães como a tendência global. Ele avaliou à época que a instalação dessas unidades dariam mais agilidade na expansão quando comparado às grandes e tradicionais centrais, que demoram mais para ficarem prontas. Outra vantagem é a necessidade de menos investimento inicial para a construção.

Há cerca de 125 GW de nova capacidade nuclear de grande escala no mundo sendo a China a maior contribuinte, respondendo por um terço desse volume. E até 2050 o país será responsável por quase metade da capacidade nuclear operacional global, que deverá aumentar 88% a partir de 2020.

Outra constatação é de que à medida que mais usinas movidas a combustíveis fósseis são desativadas em todo o mundo, aumenta a disponibilidade de conexões de transmissão que podem ser reaproveitados para serem usados ​​por SMRs. Mas, o capex deve cair 50% para competir com outras tecnologias flexíveis.

O LCOE para um novo reator de pequeno porte é superior a US$ 120 por MWh para um mercado típico na Europa, nos EUA ou no Japão. Segundo análise da Wood Mac, ele se compara bem com outras opções de fornecimento flexível de energia renovável, como usinas de combustível fóssil com CCS, bioenergia com CCS ou combustão de hidrogênio. Os custos do SMR podem cair para menos de US$ 80/MWh na próxima década com apoio governamental, inovação em tecnologia e investimentos.

A consultoria lembra que há diversos conceitos de SMR com diferentes desenvolvedores. Esse número precisará ser reduzido para que os fornecedores possam garantir os pedidos, aumentar a produção e reduzir os custos. Outras tecnologias de energia que passaram por uma jornada semelhante conseguiram reduzir custos significativamente quando a indústria se aglutinou em torno de um pequeno número de conceitos de tecnologia.