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Visando aumentar a quantidade de lojas físicas e a visibilidade dos negócios da rede para franqueados e clientes, a Energy Brasil apresentou na última segunda-feira, 23 de agosto, seu novo modelo de loja container e a perspectiva de chegar ao fim do ano com uma carteira de 600 franquias espalhadas pelo país, dobrando a capacidade atual dos painéis comercializados para 30 MW e atingindo um faturamento anual de R$ 120 milhões.
A novidade tem investimento total de R$ 99 mil, mede 15 metros quadrados e pode ser instalada em estacionamentos, postos de gasolina, supermercados e outros espaços estratégicos como condomínios residenciais, tendo sido testada pela empresa na cidade de São José do Rio Preto (SP), num formato de miniloja mas que oferece os mesmos produtos e serviços de uma loja física convencional.
“Queremos nos aproximar do público residencial e de comércios para mostrar que a energia solar é uma opção acessível atualmente e ocupar o lugar de referência nesse setor”, comentou à Agência CanalEnergia o sócio-diretor da empresa, Marcelo Macri, salientando que o novo modelo é autossustentável em energia e possui espaço para mesa de atendimento, outra de reunião e uma área para café, além de carregador veicular e calibradores para bicicleta.
Segundo Macri, a expectativa é comercializar 80 franquias containers até o fim deste ano. Atualmente a companhia soma mais de 400 unidades espalhadas pelo país quando somado os outros modelos ofertados, como o Store, em que o investidor possui uma estrutura física padronizada e a identidade visual da marca; Smart Office, que pode ser montado em uma sala comercial; além do Home Office, lançado em meio à pandemia e que acabou se tornando o de maior representatividade no último ano.
Perspectiva da rede é comercializar pelo menos 80 unidades container até o fim do ano (Divulgação)
“Iniciamos com o modelo home office em meio ao distanciamento social mas entendemos que agora a pandemia está chegando ao fim, com as pessoas voltando a sair de casa e buscando as coisas como sempre fizeram”, avalia o executivo, salientando que o início da operação é rápido e o prazo de retorno estipulado entre 6 e 12 meses, a depender do modelo escolhido.
A empresa está atualmente presente em todos os estados do país e no Distrito Federal, tendo maior participação em São Paulo e na região Nordeste, com a região Sul ficando em terceiro lugar. “O Norte ainda foi pouco explorado, até por uma questão estratégica de começar por um espiral de crescimento a partir da matriz em São José do Rio Preto (SP)”, completa Marcelo.
Operação enxuta, mercado em crescimento
Para o sócio, o mercado envolvendo a tecnologia fotovoltaica é novo e apresenta muitas oportunidades mas nem todos os players estão preparados para atender a demanda, que deve crescer 60% em relação a 2020, com incrementos de 2,5 GW somente no segundo semestre desse ano, conforme previsão da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).
“Nossa preocupação sempre foi pautada no treinamento dos nossos franqueados para que ingressem no mercado de forma séria e sempre amparado pela franqueadora, que possui uma equipe de engenharia como suporte para respaldos técnicos”, pontua Macri.
Além de treinamento, o processo para admissão envolve análise do perfil, como score financeiro e outros pontos, como uma entrevista com o departamento de Recursos Humanos. “A ideia é abrir as portas de uma forma séria e profissional. Temos visto muitos aventureiros e não é isso que a gente quer”, ressalta.
Empresa quer se tornar referência no setor e prevê 30 MW em vendas até o fim do ano (Divulgação)
De acordo com o executivo, a operação da Energy Brasil é enxuta e se resumo pelo investidor comercializar o produto, a fábrica faturar direto para o cliente e o franqueado cobrar sua prestação de serviço, sem envolver custos de equipamentos.
Os gastos da rede giram basicamente em função dos colaboradores, que eram terceirizados num primeiro momento, mas com a expansão das franquias o departamento foi internalizado, contando atualmente com 50 funcionários estruturados e apenas alguns terceirizados.
Entre os fornecedores dos painéis e inversores a empresa começou uma parceria com a Elgin e mais recentemente com a Renovigi, além de avaliar no momento a entrada de um terceiro.
“Não é fácil homologar, já tivemos problemas com um fornecedor descredenciado e agora o processo acontece de uma maneira bem mais criteriosa”, salienta Macri.
Ele lembra que a rede começou em 2019 com poucos recursos financeiros mas com a experiência no mercado de franquias, o que trouxe um diferencial perante outras empresas que começaram com a operação em energia solar e depois passaram para essa especialização.
“Para ser um franqueado é preciso entender o franchising e as regras do negócio, o que nos diferencia de outros instaladores e integradores fotovoltaicos”, analisa.
R$ 1 milhão em seis meses
Entre os franqueados, Macri aponta que apenas cerca de 10% acabam sendo desligados do quadro da Energy por falta de efetividade, num processo que sempre aconteceu de forma amigável. Como forma de engajar a rede, a companhia criou um ranking com o top 3 dos investidores há cada mês, a partir de faturamentos acima de R$ 500 mil mensais com a venda de kits de instalação e mão de obra.
Um dos destaques da rede é Morgana Rohden, que no ano passado descobriu que estava grávida e que precisaria ajudar no orçamento familiar, tornando-se franqueada na cidade de Braço Norte, interior de Santa Catarina. Seis meses depois ela registrou faturamento superior a R$1 milhão em apenas um semestre, abrindo outras duas lojas depois em Criciúma e Tubarão.
Com três lojas em SC, Morgana Rohden é um dos maiores cases de sucesso da Energy Brasil (Divulgação)
“Fui atrás de estudos e informações e era também a hora de voltar ao mercado. Decidi batalhar por meus sonhos, pensando em ter também um objetivo profissional”, relata Rohden, que optou pelo modelo de Home Office devido à pandemia e as restrições de abertura de comércios.
Marcelo Macri também lembrou do ingresso recente de um franqueado que no primeiro mês fez mais de R$ 200 mil em faturamento, além de outro que abriu uma loja em um shopping de Belo Horizonte e que está tendo um ótimo desempenho com as vendas.
Quantos aos planos para o ano que vem, o sócio reitera a ideia da empresa de se tornar uma referência no setor a partir da comercialização dos modelos de loja e container, com a tendência da loja Home Office não existir mais pela questão de visibilidade do negócio.
“Buscamos também nos próximos anos expandir a marca para fora do país, aproveitando que a energia solar está crescendo no mundo todo”, finaliza.