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A tão esperada retomada da economia pode estar em risco, caso um cenário de escassez e racionamento se projete com mais força sobre o Brasil. Segundo o consultor da PSR, Celso Dall’Orto, o maior risco para a segurança de suprimento de 2021 é o crescimento da demanda, mas esses riscos são reduzidos com as ações da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg).

Essa foi uma das análises feitas no Webinar promovida pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) e pela a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para debater os cenários no mercado de energia elétrica.

Newton Duarte, presidente executivo da Cogen, lembra que o Brasil tem uma demanda superior aos anos anteriores e além do que já está sendo feito e precisa ficar atento a isso. “O setor elétrico é uma das maneiras de ver a atividade econômica”.

Para Celso Dall’Orto, da PSR, o Brasil pode adotar medidas para ajudar o suprimento, como a flexibilização das restrições de uso múltiplo da água, busca de nova oferta, leilões de emergência e maior importação de países vizinhos. Ele destaca ainda a importância de medidas de monitoramento, governança e comunicação realista e coordenação interministerial.

“Precisamos da ação coordenada do governo e dos diversos atores, que inclui MME, ANA e ONS. Para mitigar os problemas”, afirma.

E para 2022?
O ano que vem promete ser tão desafiador. O crescimento da demanda esperado é de aproximadamente 3%. Especialistas esperam que os reservatórios cheguem ao período chuvoso bastante baixos, com cerca de 10%. Dall’Orto afirma que a previsão ainda é muito incerta, “estamos expostos à incerteza associada à transição entre os períodos hidrológicos seco e úmido de 2021 e 2022”.

Por outro lado, espera a entrada de cerca de 7 GW de nova capacidade, além da geração distribuída, e maior intercâmbio de energia entre as regiões Nordeste e Sudeste.