Em um setor de muita rotatividade e dança das cadeiras, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, completou dez anos à frente da entidade. Ela assumiu o cargo em 2011, um momento de incerteza sobre a fonte, apenas 1 GW de capacidade instalada e com a missão de profissionalizar a representatividade da indústria .
Durante esse período, Elbia presenciou a nacionalização da indústria, viu a fonte saltar para quase 20 GW de capacidade instalada e atualmente ajudar o sistema na crise hídrica. Todavia, o que mais chamou sua atenção foi ver de perto a melhoria da qualidade de vida das pessoas que a fonte eólica trouxe nas comunidades onde são instaladas.
“Durante uma visita a um parque eólico no Nordeste, em Parazinho, no Rio Grande do Norte, quando pude ver o impacto positivo que a eólica tinha na comunidade, gerando trabalho e renda, principalmente por meio dos arrendamentos”, destacou a executiva em live promovida nesta terça-feira, 31 de agosto.
Ela conta que participou ativamente de políticas e projetos que ajudaram a consolidar a fonte entre os players, como em 2013, quando a cadeia produtiva precisou buscar a nacionalização de 80% para atender aos critérios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Coloco como primeiro destaque os anos de 2012 e 2013, período no qual eu percebi que a eólica estava conquistando os formuladores de política – da regulação à operação do setor – com seus resultados”, comentou.
Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina, e bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia, a executiva ocupou outros cargos no setor elétrico. Ela também foi membro da diretoria da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), economista-chefe do Ministério de Minas e Energia, coordenadora de Política Institucional do Ministério da Fazenda, entre outras funções, e desde 2020, ocupa a vice-presidência do Conselho do Global Wind Energy Council (GWEC).