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Ao analisar as condições de suprimento de setembro ao fim de novembro de 2021 em quatro cenários diferentes, a última edição do Energy Report, relatório produzido pela PSR, mostra que o risco de racionamento no pior cenário é de cerca de 20%. O racionamento teria profundidade de 4,9% da demanda ao longo dos meses de setembro até novembro. De acordo com a PSR, esse risco cai com o uso total da transmissão do Norte e Nordeste para a região Sudeste, já considerando o aumento no limite trazido com a flexibilização dos critérios de confiabilidade e antecipações de reforços na transmissão.

Ainda segundo a PSR, o risco praticamente acaba com a flexibilização de todas as restrições de defluência e volumes mínimos hidrelétricos, mas limitando cada usina a um volume mínimo de 6%. Já o risco de problemas na ponta fica em 31% no pior cenário, enquanto no melhor cenário aumenta um ponto percentual e fica em 32%.

O pior cenário é baseado em um aumento da demanda de 6,5%, em 1,5 GW med de importação da Argentina e Uruguai, sem a flexibilização das restrições hídricas e com limite de exportação do Norte e Nordeste para Sudeste de 8 GW. Já o melhor cenário analisado traz um risco de racionamento de apenas 2%, sendo também baseado em um crescimento da demanda de 6,5% e importação de 1,5 GW med de Argentina. Mas há flexibilização das restrições hídricas e o limite de exportação sobe para 11GW.

O Energy Report reforça que o risco de blecaute é maior que o risco de racionamento de energia. Para que os impactos desses eventos sejam mitigados, é necessária eficácia na gestão e na coordenação por parte do governo e do operador com as distribuidoras e grandes consumidores. Para a PSR, a verificação em setembro da efetividade das medidas adotados pelo governo, junto com a expectativa das chuvas em outubro e novembro, será fundamental. “Os riscos de suprimento variam não linearmente com a piora destes fatores, ou seja, a piora de um fator isoladamente pode aumentar muito o risco”, diz o Energy Report.

Há a chance, caso essas incertezas continuem, da necessidade da implementação de um controle de demanda compulsório a partir de outubro. Seriam racionamentos pequenos, aliviados por meio de manobras operativas até a chegada do período de chuvas no ano que vem. O verão do ano que vem poderá  ter as UTEs  ligadas dutante toda aestção,  o que não acontrceu este ano.

Outro ponto citado no Energy Report é a sugestão para que o governo elabore ainda em setembro um plano de operação no limite e que estruturasse um eventual racionamento. “A preparação destas medidas não significa que elas serão utilizadas, e sim uma questão de prudência”, salienta o relatório da consultoria.