Diante de um cenário de crise hídrica no Brasil e de temperaturas extremas que vem ocorrendo ao redor do mundo, o novo boletim mensal da Climatempo, que já está disponível na Biblioteca do Portal CanalEnergia, traz como tema “Novo Relatório do IPCC: Quais os impactos no setor elétrico nacional?”
O IPCC, uma organização internacional criada em 1988, tem como principal objetivo auxiliar os governos mundiais na tomada de decisão com informações científicas sobre o clima e as mudanças climáticas. O órgão tem milhares de membros espalhados por 195 países, contribuindo de forma voluntária e sem viés político para o desenvolvimento do relatório. O papel da organização é analisar e avaliar artigos científicos publicados que são relevantes para o melhor entendimento das mudanças climáticas que vem ocorrendo e seus consequentes impactos.
Um dos questionamentos, segundo a Climatempo, é em relação ao aquecimento global e em que proporção as atividades antropogênicas (efeito da humanidade) e os efeitos naturais (atividade solar e vulcânica) eram responsáveis pelo aquecimento global que vem sendo observado e sinalizado pelos relatórios anteriores do IPCC.
O boletim destaca que, nesse contexto, o principal efeito da humanidade é dado pela emissão de gases do efeito estufa. Utilizando de novas tecnologias, novos métodos e novas evidências, o recente relatório do IPCC deixou evidente que não é possível que somente efeitos naturais provoquem o aquecimento médio de aproximadamente 1.6 ºC que foi observado entre 2011-2020.
Outro ponto destacado no boletim é como essas mudanças climáticas vem impactando o setor elétrico nacional, visto que a matriz elétrica em sua maior parte é renovável, dependente principalmente de hidrelétricas, seguida pela geração eólica que vem crescendo cada vez mais. Em suma, o Brasil possui cerca de 75% de toda sua matriz energética de fontes sustentáveis. No entanto, a energia térmica ainda é muito utilizada para suprir a demanda energética do país quando os outros setores não são suficientes, realidade que vivemos no atual cenário. Indiretamente, a energia térmica está relacionada com o clima, pois se os reservatórios estão com volumes comprometidos pela escassez de chuva, as usinas térmicas são acionadas e o preço da energia elétrica aumenta, impactando diretamente o consumidor.
A Climatempo ressalta que o efeito mais direto e compreendido das mudanças climáticas para o setor elétrico é o aumento da temperatura. Uma atmosfera mais quente promove um aumento da demanda energética, que por sua vez, aumenta a necessidade de mais carga de energia, o que, dependendo do cenário energético nacional, pode gerar racionamentos como medidas mais extremas para proteger o sistema.
Para saber mais detalhes do boletim, acesse o portal da Climatempo e nossa Biblioteca , além de acompanhar as novidades, toda quarta-feira, ao vivo, no CanalEnergia Live.