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O governo lançou na manhã desta quarta-feira, 8 de setembro, o programa PotencializEE. O objetivo é o de impulsionar o mercado de Eficiência Energética (EE) no país. O programa tem como meta apoiar pequenas e médias empresas e indústrias na implementação de medidas e soluções que proporcionem um consumo mais consciente da energia em tempos de crise hídrica, além de diminuir os impactos ambientais desses setores.

O programa é liderado pelo Ministério de Minas e Energia e foi estruturado junto com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e o Senai-SP. Ele é destinado num primeiro momento a todos segmentos do estado de São Paulo, que contará com R$ 110 milhões em recursos vindos do Ministério do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha e da União Europeia.

A iniciativa prevê capacitação, suporte técnico e crédito acessível para indústrias de até 499 empregados.  O processo será  iniciado em janeiro de 2022 a partir de diagnósticos de eficientização para sugestão de melhorias ou implementação de projetos nas plantas de produção que demonstrem potencial, munidos de estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira. Para isso colaboradores do Senai-SP irão passar por um treinamento com um corpo técnico alemão e metodologias próprias de EE.

PotencializEE foca em desperdícios e ineficiência de processos térmicos industriais (INDA)

Segundo as partes, um dos diferenciais do programa é seu foco no desperdício e ineficiência de processos térmicos, diferentemente de outras iniciativas criadas para motores elétricos ou retrofit de equipamentos. A expectativa é de que 425 casos avancem e se materializem em investimentos, proporcionando  uma economia que pode chegar a R$ 170 milhões e 7.267 GWh na ponta do consumo até 2024.

O PotencializEE também pretende mobilizar até R$ 500 milhões para investimentos de baixo carbono por meio de instituições financeiras públicas e privadas. Para incentivar o interesse e a participação de bancos, reduzindo a necessidade de garantias por parte das industriais, será criado um fundo garantidor de cerca de R$ 49 milhões, em parceria com a Desenvolve SP, banco do Estado de São Paulo.

“O programa não vai resolver o problema da chuva ou da energia mas é um exemplo importante em um momento crucial da crise hídrica para que todos olhem com carinho para a questão da eficiência energética”, comentou o presidente do Senai-SP, Paulo Skaf, durante a assinatura do contrato.