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O número de fusões e aquisições na área de energia no primeiro semestre do ano teve uma leve queda de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Levantamento feto pela KPMG mostra que este ano foram 21 operações em seis meses contra 22 em 2020. Do total, 18 foram domésticas e três foram do tipo CB1, quando empresas estrangeiras compram empresas brasileiras.
De acordo com Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG, o resultado mostra que mesmo com a leve queda, energia é um ramo que continua aquecido, inclusive com a presença de empresas de outros setores na área, além de grandes investimentos. Segundo ele, esses fatores vêm sendo observados ao longo do tempo e se repetiram no semestre.
“É um setor que está e vai continuar aquecido. É um mercado que vai continuar dinâmico pelos próximos anos”, afirma. As privatizações da CEEE (RS) e CEA (AP) também foram citadas por Coimbra como operações realizadas no período e chamaram a atenção. As negociações envolvendo renováveis vem sendo uma tendência que deve ter prosseguimento.
Há uma tendência de manutenção da intensidade nas negociações no setor elétrico no segundo semestre Na distribuição, já há um retrato de consolidação, mas a transmissão ganha destaque, impulsionada pela necessidade de escoamento de projetos nas fontes eólica e solar para os grandes centros e pela dinâmica dos leilões de LTs, bastante disputados. As negociações envolvem tanto ativos em construção, em operação ou mesmo parcerias por etapas do projeto. A geração, por conta das renováveis e da temática da sustentabilidade, deve manter o destaque nas aquisições. ‘Temos visto uma procura das empresas daqui e de fora pelo mercado das renováveis, há muitos fundos e empresas”, avalia.
A KPMG fez ainda um outro levantamento sobre área de óleo e gás. As fusões e aquisições no primeiro semestre registraram forte aumento em relação ao mesmo período do ano passado. Foram duas operações em 2020 contra 16 este ano, um acréscimo de 700%.
Das 16 operações fechadas, nove foram domésticas, cinco do tipo CB1 e duas CB3, quando a empresa brasileira adquire capital de empresa estabelecida no exterior. Para Coimbra, com a retomada do calendário de leilões de petróleo e gás pela ANP, houve uma retomada de investimentos. A expectativa é positiva para os próximos meses.
No geral, as empresas brasileiras realizaram 804 operações de fusões e aquisições, no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram fechados 514 negócios. Trata-se do melhor semestre dos últimos dez anos.