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As associações dos Municípios do Lago de Furnas (Alago) e dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg) entregaram nesta sexta-feira, 17 de setembro, uma pauta de reivindicações ao presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp e ao presidente de Furnas, Clóvis Torres. As cidades localizadas no entorno dos lagos das hidrelétricas vêm sofrendo fortes impactos ambientais e econômicos por conta da crise hídrica, a mais severa da série histórica nessa região. As cidades vêm se movimentando para a transformação em lei federal de uma cota mínima para o lago das usinas, de modo a permitir todas as atividades sem impactos , incluindo a geração de energia.

De acordo com o presidente da Alago, Djalma Francisco Carvalho, a união das cidades faz acreditar em um novo tempo em relação às demandas das 34 cidades da margem. “Hoje não temos um lago, temos em várias regiões um brejo, um pântano ou pasto”, afirma. Segundo Carvalho, o lago de Furnas é um dos cinco maiores artificiais do mundo e deve retomar a sua importância dentro de setores da economia, como o turismo.

Na reunião, o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, prometeu a reabertura no curto prazo do escritório regional de Furnas em Belo Horizonte. Segundo Limp, a Medida Provisória que permitiu a privatização da Eletrobras prevê investimentos de R$ 230 milhões por ano na revitalização da bacia hidrográfica da região, além de uma obra no canal de navegação de Pereira Barreto, ambas a cargo de Furnas até o primeiro semestre de 2024. Ele contou ainda que a crise hídrica não é exclusiva de Minas Gerais, mas também se amplia a outros estados. Limp prometeu ainda mais diálogo e interação com a comunidade do entorno dos lagos.

Limp refutou a ideia de que o governo federal demorou a agir na crise, já que em dezembro já haviam sido deliberadas medidas como acionamento de térmicas e importação adicional de energia do Uruguai e Argentina, para preservar o armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas. Ele ressaltou que deve haver um equilíbrio entre os múltiplos usos da água, de modo a atender a todos. Para Limp, a preservação de um reservatório também é de interesse do setor, pelo fato dele ser um ativo do gerador.

A promessa de aumento da interação com a comunidade foi mantida pelo presidente de Furnas, Clóvis Torres. O executivo pediu desculpas pela falta de empatia e atenção da empresa com as cidades. Segundo ele, pelo menos uma vez por mês haverá atividades da presidência no escritório mineiro. Torres também garantiu a renovação da frota de balsas usadas para transporte, que eram da década de 60. Algum tipo de auxílio para os pescadores até a volta do período chuvoso está sendo elaborada.