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O ano de 2022 promete marcar a operação da América Energia. A companhia, que chegou aos 20 anos de vida em 2021, projeta iniciar sua terceira década de atuação em uma nova fase com investimentos cujo objetivo é o de consolidar as bases para crescimento sustentável. Nesse sentido, a expectativa é de entrar em um novo campo de geração por meio da fonte eólica, além do que já vem atuando na solar e hídrica, bem como em comercialização de gás natural, aprofundamento da gestão de clientes, eficiência energética e pesquisas em áreas como armazenamento.
Segundo o CEO da América Energia, Andrew Storfer, a empresa deverá iniciar as obras de mais duas PCHs e de um parque solar de 9 MW no ano que vem. Somente nessas duas frentes de atuação o investimento estimado é de R$ 150 milhões, sendo a maior parte nas usinas hídricas. Ainda nessa área, a companhia deverá anunciar em breve uma participação em um projeto eólico, seu maior aporte em um ativo de geração. Atualmente, a América possui em seu portfolio 14 usinas entre CGHs e PCHs e outros 5 parques solares em operação que somam pouco mais de 100 MW.
“Temos no nosso pipeline 8 usinas, duas serão construídas no ano que vem. Ainda estamos com obras para 3 parques solares e, além disso, temos a América Infra que atua em regime de EPCista para clientes, nessa área já entregamos cerca de 115 MW para terceiros”, relaciona o executivo.
O executivo ainda continua elencando as ações que a companhia vem tomando visando os próximos anos. A América hoje vem investindo em novas unidades, hoje são cinco escritórios. Além da sede da empresa em São Paulo que ocupa três andares no bairro da Vila Olímpia, está presente em Belo Horizonte, Goiânia, Florianópolis e em Salvador.
Fundada em 2001 no segmento de gestão, a América Energia conta hoje com cinco unidades de negócios. Além da primeira atividade, atua em geração, comercialização, eficiência energética e a Infra, já citada acima. A companhia iniciou ainda um aporte em um centro de tecnologia e desenvolvimento no município mineiro de Santa Rita do Sapucaí, contou Storfer. Nessa unidade, destacou ele, são feitas pesquisas para tecnologia aplicada a usinas solares, armazenamento de baterias, soluções para carregamento de veículos elétricos e sistemas de monitoramento e otimização de consumo.
A gestão de clientes é uma área que tende continuar a crescer. Para tanto, a América está ampliando sua área em mais 800 metros quadrados na sede em São Paulo. A maior parte desse espaço será destinado a essa atividade. Storfer conta que quanto mais obras a companhia têm em seu portfolio aumenta a necessidade de ampliar posições para engenharia, desenvolvimento de projetos, entre outras atribuições. Mas que a gestão de clientes é que demandará mais espaço físico no escritório, ao mesmo tempo, a companhia aposta na aplicação de mais inteligência de mercado por não ter foco em padronização e sim no atendimento das demandas específicas de acordo com a estratégia das empresas atendidas.
“Temos quase 2 mil unidades sob gestão e como fazer para que o atendimento seja personalizado? É com automatização, não com padronização”, aponta.
Atualmente, a companhia contabiliza mais de 1.900 unidades sob sua gestão de 650 clientes, entre eles, geradores e consumidores, e isso tanto no mercado livre quanto no cativo e de portes diversificados. Fazem parte das atividades ainda a estruturação e gestão de Autoprodução e GD, gestão de gás natural alinhada aos aprimoramentos regulatórios do setor e monitoramento de consumo e análises em tempo real.
Investir em desenvolvimento tecnológico, destaca o executivo, é essencial, uma vez que a empresa tem como objetivo seguir crescendo. E o futuro mostra que as mudanças são cada vez mais rápidas, um desafio para todos do setor elétrico. Um exemplo é a expansão da geração distribuída, ainda mais com os preços das baterias que apresentam uma linha decrescente de preços.
“O potencial de baterias é gigantesco, se eu conecto meu carro na garagem e vejo os preços da energia, eu posso decidir entre carregar o veículo ou dispor essa energia que tenho no dispositivo para colocar na rede”, exemplificou. Outras opções estão ainda na abertura do mercado livre, leilões no futuro que negociarão atributos das fontes, serviços ancilares, só para citar alguns.
“Para tudo isso devemos ter capacidade de responder de forma adequada e rápida. São desafios que estão surgindo”, acrescenta. “No futuro teremos mudanças significativas sim, teremos tudo, menos quietude na próxima década”, analisa.