O Índice Comerc, que desde 2015 avalia o consumo de energia pelos principais setores da economia, registrou aumento de 2,85% no consumo de energia em agosto, segunda maior alta do ano, atrás apenas dos 4,97% registrados em fevereiro. O resultado positivo de agosto foi influenciado, principalmente, pelo setor de Siderurgia e Metalurgia, que registrou alta de 5,42% no consumo, seguido pelos setores de Embalagens e Comércio & Varejista, com altas de 4,79% e 4,41%, respectivamente.
Ainda de acordo com a Comerc, na comparação com o mês de julho, o consumo de agosto é o mais alto registrado pelos três setores ao longo de 2021. Também registraram alta os setores de Química (2,81%); Alimentos (1,78%); Têxtil, Couro e Vestuário (1,66%); e Veículos e Autopeças (1,28%). Já na comparação com o mesmo período de 2020, o consumo consolidado de agosto deste ano apresenta alta de 6,36%, mantendo a média de 6,64% registrada anteriormente.
Na segmentação por estados, segundo dados da CCEE, o Espírito Santo registrou a maior alta no consumo de energia em agosto (10%), impulsionado pelos setores de extração de minerais metálicos e de serviços. Na sequência do ranking aparecem Bahia e Maranhão, ambos com alta de 7% no consumo de energia, impulsionados pelos setores de químicos e extração de minerais metálicos (BA) e de serviços (MA).
A Comerc destaca que o aquecimento da atividade econômica coincide com o avanço da vacinação e, consequentemente, com a flexibilização das medidas restritivas em todos os estados. A retomada, no entanto, ocorre no mesmo momento em que o país registra a pior estiagem dos últimos 91 anos, o que reduz a geração de energia nas hidrelétricas e impacta diretamente nas tarifas do mercado cativo. Já no mercado livre, os consumidores estão protegidos por contratos firmados em estratégias de médio e longo prazos com preços competitivos.