A Eletronorte soma R$ 215 milhões nos últimos 34 anos em ações de compensação pelo alagamento de terras e deslocamento de aldeias do povo indígena Parakanã, com a construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. O Programa Parakanã foi desenvolvido a partir de 1987, em parceria com a Fundação Nacional do Índio, e já promoveu ações como demarcação de terras, proteção ambiental, educação, saúde e apoio à atividade produtiva, segundo balanço da estatal.
A compensação seria por 25 anos, mas o termo de compromisso assinado pela empresa foi prorrogado em 2014 e, posteriormente, em 2019, com previsão de término em 2024. Os recursos vem da própria Eletronorte.
As ações permitiram a recuperação cultural e demográfica da etnia, cuja população passou de 247 indígenas em duas aldeias para 1.412 indivíduos organizados em 22 aldeias. Todas elas contam com postos de saúde para atendimento primário, e a comunidade tem ainda apoio para atendimento secundário em postos em Itupiranga, Novo Repartimento e Tucuruí, e terciário, no hospital de Tucuruí ou em Belém.