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A indústria do aço no Brasil ainda não tem um ponto fechado se o setor vai ou não aderir ao programa de Redução Voluntária da Demanda de Energia Elétrica (RVD) com o deslocamento ou redução da demanda de energia nos horários de pico. O que se sabe é que cada empresa vai decidir individualmente se vai aderir ou não ao programa do governo federal de acordo com as características da operação, consumo e capacidade de autogeração de energia.
Segundo o Instituto Aço Brasil, cada empresa tem sua estratégia, porém isso varia conforme a utilização de capacidade instalada. No ápice da pandemia de Covid-19 no Brasil, houve forte queda de consumo e a indústria brasileira do aço teve que abafar altos fornos e paralisar outras unidades de produção, chegando a operar com apenas 45% de sua capacidade instalada.
Entretanto, logo que os sinais de recuperação da demanda de aço surgiram, o setor religou seus equipamentos e reativou sua produção, para atender o retorno dos pedidos dos clientes. A utilização da capacidade instalada atingiu 72,4% em agosto, superando a média dos últimos cinco anos, o que deve reduzir o espaço para que o setor desloque ou reduza o consumo de energia elétrica.
De acordo com os dados da entidade, a indústria siderúrgica elevou as previsões de desempenho para 2021 e prevê um crescimento de 24,1% no consumo em 2021 por conta da demanda pela liga vinda de vários setores, incluindo construção civil, máquinas e equipamentos. O setor de aço no Brasil é eletrointensivo e vai continuar a focar na geração própria a fim de se proteger da volatilidade de preços e reduzir a dependência de compra de energia.