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O consumo de energia do Paraguai da hidrelétrica de Itaipu Binacional saltou de 1.073 MW médios em 2013 para 1.806 MW médios em 2020, o que representa 88,5% do consumo do país latinoamericano, segundo informações da empresa.
Em números relativos, o consumo paraguaio praticamente dobrou em cinco anos. Em 2016, o consumo de energia equivalia a apenas 11% da produção da Binacional, mas em 2020 aproximadamente 21% da energia de Itaipu foi destinada ao mercado do Paraguai, totalizando 15,8 milhões de MWh dos mais de 76 milhões de MWh produzidos pela usina naquele ano.
O que ajuda a explicar este aumento gradativo do consumo paraguaio da energia produzida pela Itaipu nos últimos anos é que a economia vem num ritmo de crescimento forte e longo. De acordo com dados do Banco Mundial, o PIB Per Capita do Paraguai mais que triplicou nos últimos 20 anos e nem mesmo a pandemia derrubou o vigor da economia paraguaia, que foi a que menos sofreu com os efeitos da Covid-19, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
O país também tem a melhor avaliação do clima econômico entre dez países latino-americanos, conforme apontou o Indicador de Clima Econômico (ICE) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Outro motivo que ajuda a entender o crescimento do consumo paraguaio foi a inauguração em 2013 de uma linha de transmissão de 500 kV entre Itaipu e Assunção, que ajudou a escoar parte da produção para a capital paraguaia e reforçar a segurança energética do país vizinho. Neste mesmo período, a energia de Itaipu no mercado brasileiro caiu de 17% em 2013 para 10,8% em 2020.
A Binacional tem 14 GW de capacidade instalada e a energia garantida é de 75 milhões de megawatts-hora, mas a produção supera a capacidade nominal das unidades geradoras graças aos trabalhos de manutenção e operação, sendo que o recorde de geração foi superior a 103 milhões de MWh. O Paraguai detém 50% de Itaipu, mas não utiliza toda energia que tem direito e vende o excedente ao Brasil.