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Após a aquisição da São João Ambiental, a RZK Energia quer manter o investimento na pegada das energias renováveis. A compra vai permitir que a empresa possa oferecer energia incentivada aos clientes, além de fazer parte da estratégia de expansão através de ativos de biogás. A RZK, que tem cerca de três anos, deve investir mais de R$ 400 milhões até março de 2022 na construção de usinas para sua expansão e quer ter 300 MW nos próximos anos. A compra da São João Ambiental contou com a emissão de Green Bonds verificados pela Sitawi. A São João está localizada na zona leste da cidade de São Paulo e tem capacidade de 23 MW.

De acordo com Luiz Serrano, Sócio e Diretor da RZK Energia, a compra da São João foi uma decisão estratégica. A empresa tem um projeto de geração distribuída de biogás de 5 MW em que o fornecedor era o aterro de São João. “É um passo importante. Fazemos esse movimento ampliando a nossa capacidade instalada e dando passos firmes para ser um player relevante no setor”, justifica o executivo. A energia da São João será comercializada nos ambientes livre e regulado. A RZK já opera uma planta de biogás para GD em Nova Iguaçu, contratada pela Claro.

A aposta da empresa não é só no biogás, mas também na fonte solar. Atualmente,  já tem quatro usinas solares operacionais para GD e constrói outras oito que deve levá-la a 100 MW de potência até o fim do ano. No primeiro trimestre de 2022, mais 50 MW devem ser acrescidos. “Chegaremos em um portfólio de 150 MW, com 23 plantas solares”, comenta. Essas 23 plantas vão operar para GD. O modelo compartilhado, para alcançar um maior número de consumidores, está nos planos
da RZK, assim como projetos em geração centralizada.

Para Serrano, os avanços regulatórios nos últimos anos nas áreas de saneamento e gás trazem boas perspectivas para o biogás. Segundo ele, antigamente os projetos não se sustentavam sozinhos e hoje já faz parte  e é considerado  um dos componentes de receita dos operadores de aterro. “Achamos que tem um potencial grande de expansão de projetos”, avalia.

Apesar dos projetos em GD, há intenção de incrementar a atuação no mercado livre. No primeiro momento, a crise hídrica preocupa o executivo, uma vez que ela atrapalha o desenvolvimento econômico do país no pós-pandemia. A subida no PLD também é motivo de alerta, mas por outro lado, leva a oportunidades de comercialização de energia no curto prazo.

A energia de São João costuma ser bastante procurada pelos clientes, por ser incentivada, o que beneficia consumidores pelos descontos. “Seria mais saudável para o mercado se houvesse maior equilíbrio entre oferta e demanda. A demanda hoje está elevada, mas a oferta está restrita, todos com preços elevados, o que reduz um pouco a movimentação do mercado livre”, observa.