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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmou nesta sexta-feira, 1º de outubro, que enxerga uma situação mais favorável nas condições de atendimento à demanda a partir dos dados recentes apresentados pelos institutos de meteorologia. A indicação é para uma configuração de início do período dentro do prazo previsto, no começo de novembro.

A conjuntura meteorológica avaliada no fim de setembro em reunião do Grupo de Trabalho, se confirmada, aponta também para um outubro melhor do que as condições mostradas na Nota Técnica que será ainda divulgada pelo ONS, no qual se considera um cenário conservador de atraso da estação úmida.

O Operador vem divulgando as análises que consolidam os estudos prospectivos e embasam as decisões em relação às medidas necessárias ao enfrentamento da situação de escassez hídrica. No caso, esta última contém as avaliações realizadas no fim de agosto das Condições de Atendimento Eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN), com projeções até novembro de 2021.

O estudo foi feito com base nos dados de agosto de 2021, quando ainda não se tinha visualização de melhores perspectivas de chuvas, mas desde então o cenário trabalhado pelo ONS aponta que as condições mudaram e estão mais favoráveis.

O levantamento inclui duas perspectivas. Na primeira é considerada a oferta adicional, resultante de medidas excepcionais adotadas, para a qual se dispõe de suficiente segurança da sua implantação. A segunda contempla um acréscimo à essa oferta, fruto da exploração plena da capacidade de importação da Argentina e do Uruguai.

Em ambos os casos não foram identificados déficit de energia. Em relação à potência, no primeiro caso observa-se déficit no mês de novembro para aproximadamente 20% dos cenários de disponibilidade eólica e fotovoltaica avaliados, já que ambas as fontes são intermitentes. Na situação mais pessimista haveria um déficit de 1,4GW entre essas fontes.

No segundo caso traçado, e o qual o ONS tem como objetivo, não há a indicação de falta de potência, porém há a necessidade de utilização parcial da reserva operativa, de utilizar parte dos recursos que ficam à disposição do sistema para atender a demanda em casos de falhas em equipamentos ou de desvios de previsão.

No primeiro cenário a expectativa é de que o armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste seja de 9,8% ao final de novembro. Para o segundo caso, considerando uma oferta de cerca de 1.500MWmed a mais em outubro e novembro decorrente da plena utilização da capacidade de importação, os níveis de armazenamento do mesmo subsistema devem alcançar 10,9%.

Nas duas situações, os armazenamentos do Sul e do Nordeste ficam em 13% e 18%, respectivamente. Comparando os indicadores prospectados com os realizados até 23 de setembro, a ENA foi 3,8GWmed superior, a geração não hidráulica 1,9GWmed inferior e a carga 0,1 GWmed superior. Como consequência, a energia armazenada nos reservatórios do SIN está 0,9% acima do esperado, conforme ilustrado abaixo.