O mês de setembro terminou com a Agência Nacional de Energia Elétrica liberando um total de 4.882,88 MW de usinas de geração para operação comercial em 2021. Com esse volume antecipa-se em mais de três meses à expectativa de 4.790,4 MW definida no início do ano.  No mês, foram 1.798 MW. A previsão da Aneel foi superada em 25 de setembro, 97 dias antes do esperado, quando se chegou à marca de 4.812 MW ampliados no ano. Segundo a agência, grande parte desse crescimento em 2021 veio de fontes renováveis, com 47,69% provenientes de fonte eólica e 10,9% de usinas solares fotovoltaicas.

De acordo com a autarquia, o acréscimo da capacidade em setembro é o maior da média histórica, superando dezembro de 2018, quando foram registrados 1.718 MW. Por unidade federativa, o Rio de Janeiro lidera na expansão em 2021, com  1.338,3 MW, seguido pela Bahia, com 969,74 MW e Rio Grande do Norte, com 937,8 MW.

Até o fim do ano, a expectativa é de que mais 2.552,42 MW entrem em operação no país, sendo mais de 1.000 MW a partir de fonte solar, aproximadamente 800 MW de usinas eólicas e quase 600 MW de outras fontes renováveis, como biomassa e hídricas. Há 79 usinas em operação em teste neste momento, 17 delas a partir de setembro.

O salto observado em setembro deve-se, em grande medida, à entrada em operação comercial da usina termelétrica GNA I, movida a gás natural, com 1.338,30 MW de capacidade instalada – considerada a segunda maior termelétrica do país, no Porto do Açu, Rio de Janeiro. Durante este ano, foram inauguradas ou reabertas usinas em 19 estados das cinco regiões do país.

Dessa forma, o Brasil soma 179.223,1 MW de potência fiscalizada, segundo dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, que é atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, ainda de acordo com o SIGA, 82,69% das usinas são consideradas renováveis.