A PSR lançou a versão 17 do seu modelo de otimização operativa estocástica SDDP, que é aplicado em mais de 70 países nas Américas, Europa, Ásia-Pacífico e África, incluindo alguns dos maiores mercados do mundo, como o NordPool, Costa Oeste dos EUA, Canadá e Brasil, como pela EPE, ONS e agentes do setor. Agora são quatro novas funcionalidades que chegam ao mercado.
A primeira é a incorporação da representação das cadeias de produção de hidrogênio e a eletrificação de outros setores da economia de forma integrada com o setor elétrico. Luiz Carlos da Costa, diretor técnico da PSR e gerente de desenvolvimento do SDDP, aponta que a busca por novos padrões de produção e consumo baseados em energia limpa e sustentável nas próximas décadas requer repensar setores-chave tais como indústria, transporte, construção e aquecimento. Nesse sentido, a eletricidade desempenhará um papel crucial nesta transformação, alavancada pela competitividade das renováveis.
O segundo destaque é a representação explícita da resposta da demanda a sinais econômicos como, por exemplo, Demand Side Management (DSM) e ofertas/programas de incentivo à do consumo. A funcionalidade agrega flexibilidade à operação ao trazer o consumo explicitamente como uma oferta virtual para a operação.
O terceiro destaque é a nova metodologia criada pela PSR chamada “Reserva Probabilística Dinâmica”. As flutuações da produção das renováveis exigem maiores requisitos de reserva de geração pois não é possível prever com 100% de precisão a produção de ERV para o dia ou semana seguinte. O engenheiro Ricardo Perez explica que esta metodologia traduz os erros de previsão em uma maior exigência de reserva operativa para o sistema, que são definidas de forma probabilística e ao longo das horas do dia.
A quarta nova funcionalidade é a integração com o NetPlan 4.0, ambiente para estudos de planejamento da transmissão. Segundo Silvio Binato, coordenador desta integração, isto permite a realização de estudos mais complexos pois permite a análise de um conjunto muito maior de cenários de despacho – que representam, por exemplo, a incerteza da produção de renováveis, considerando contingências, suporte de tensão, fluxo de potência ativa/reativa e cálculo de tarifas por uso do sistema de transmissão.
A PSR destaca que o modelo SDDP tem sido utilizado por investidores, comercializadores, consultores, agências governamentais e operadores para simular a operação de sistemas elétricos complexos, com horizontes variando de semanas a décadas. E ainda, a resolução horária, otimização do armazenamento em múltiplas escalas de tempo (reservatórios hidrelétricos, usinas reversíveis, baterias etc.), modelagem estocástica de vazões, eólicas, solar e demandas, representação detalhada de usinas termelétricas (“unit commitment”, restrições de rampa e outras) e da rede de transmissão.