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Pelas características do clima para geração eólica e solar, o Brasil entrou de vez no radar da EDP Renováveis no horizonte 2021-2025. A empresa está presente em 17 países do mundo e quer bater a marca de 20GW de capacidade instalada. Mas para isso, o grupo português não deve poupar aportes milionários aqui.

O último grande projeto da companhia aconteceu recentemente, no dia 8 de outubro, com a inauguração do complexo solar Pereira Barreto, no interior de São Paulo, com potência instalada de 252,29 MWdc. O investimento foi de R$ 750 milhões, o maior aporte da multinacional fora de Portugal.

“O complexo eólico de Pereira Barreto representa a aposta da empresa pela diversificação, neste caso pela energia solar fotovoltaica. O Brasil é um mercado chave para a realização do nosso plano de negócios”
Miguel Stilwell, da EDP Renováveis

Até 2023, o braço de geração de energia renovável do grupo pretende inaugurar outros sete novos complexos eólicos e solares nos estados do Rio Grande do Norte, São Paulo e Paraíba, que devem entrar em operação com capacidade instalada total de 1.210 MW. O presidente global a EDPR, Miguel Stilwell, deu detalhes de como serão as outras plantas a serem construídas na região nos próximos anos.

“Serão parques parecidos em termos de centralizados e também há alguns parques eólicos. Do ponto de vista de dimensão, o de Pereira Barreto provavelmente será o maior. De qualquer forma, todos somados, teremos cerca de 1500 MW ao longo dos próximos anos”.

Vista aérea do empreendimento inaugurado pela EDPR no estado de São Paulo

Além de geração, a empresa também atua em distribuição, comercialização e transmissão. “Ganhamos o Lote número 1 do leilão de transmissão”, lembrou. O executivo disse também que pretende continuar investindo no Brasil. “O complexo eólico de Pereira Barreto representa a aposta da empresa pela diversificação, neste caso pela energia solar fotovoltaica. O Brasil é um mercado chave para a realização do nosso plano de negócios”.

A energia da planta de Pereira Barreto vai para o mercado livre, mas Stilwell não descarta a participação dos novos projetos em leilões e até mesmo centrais híbridas, caso as condições regulatórias favoreçam.

* O repórter viajou a convite da EDP Renováveis