Após arrematar a Celg T por R$ 1,97 bilhão, o presidente da EDP do Brasil, João Marques da Cruz, acredita no know-how e nas sinergias operacionais que a compra acarretará. Em coletiva a jornalistas, o executivo revelou que o financiamento da compra não deverá ser problema, já que a empresa deve concluir uma operação de venda de ativos de geração e transmissão, que estão na fase vinculante. Segundo Cruz, o montante que será arrecadado é muito superior ao valor da compra da Celg T.
O executivo se mostrou animado com a compra da estatal goiana, dona de uma rede de linhas no estado de Goiás. “Queremos este ativo para ficar por muitos anos. Não é uma linha isolada, é uma empresa que gere linhas e tem capacidade de expansão, vamos apostar nessa capacidade “, aposta.
O centro unificado de controle da transmissão é um exemplo de sinergia que a EDP terá com os ativos da Celg T. A empresa de origem portuguesa, que vem participando nos últimos anos de leilões de transmissão, não garantiu que vá participar do próximo leilão de LTs, mas vai analisar os lotes oferecidos. “É nossa obrigação analisar as oportunidades”, comenta. Para o executivo, o ágio pago de 80,1%, muito acima do preço inicial e sem disputa por viva-voz, não foi visto como caro, já que uma taxa de rentabilidade superior a 10% na transmissão é boa. “Para nós foi um bom negócio”, observa.