A terceira revisão semanal do Programa Mensal de Operação de outubro começou a refletir as chuvas no Sudeste e o programa de redução de consumo. As previsões apresentadas apontam que o maior submercado do SIN, o Sudeste/Centro-Oeste deverá fechar o mês com o maior volume de energia natural afluente enquanto o consumo de energia tem uma queda significativa quando comparado ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a projeção é de que as vazões fiquem em 103% da média de longo termo. No Sul o índice é de 87%, praticamente o mesmo do Norte com 89% e no Nordeste a situação é a pior com 42% da MLT.

Por outro lado, a estimativa é de queda de 2,1% na carga do SIN. A retração mais expressiva está no Sul com 4,7% a menos do que em outubro de 2020, no SE/CO a estimativa aponta para redução de 3,8%. Nos dois outros submercados é esperado aumento de 3,8% no NE e de 2,6% no Norte.

Assim, o ritmo esperado para o deplecionamento dos reservatórios no SE/CO para os próximos 15 dias é de relativa estabilidade. O volume armazenado ao final deste período deverá ficar em 16,7%, 0,1 p.p abaixo dos atuais 16,8%. No NE a queda projetada é de 0,8 p.p. para 35,8%, no Norte é de 7,1 p.p., encerrando em 46,4%. No sul está o único aumento, de 34,3% atuais para 39,9%.

O CMO médio continua abaixo de R$ 200/MWh mesmo com o despacho térmico fora da ordem de mérito em decorrência do enfrentamento à crise hídrica onde há térmicas de mais de R$ 2 mil MWh em operação. O valor médio calculado pelo modelo computacional é de R$ 172,60/MWh em todo o país. A carga pesada está estimada em R$ 175,12, a média em R$ 173,82 e a leve em R$ 170,44 por MWh.

Se não houvesse a ordem do CMSE de GFOM o despacho térmico estaria em 7.355 MW médios para a semana operativa que se inicia neste sábado, 16 de outubro. Sendo, 2.546 MW médios por ordem de mérito, 4.864 MW médios por inflexibilidade e mais 35 MW médios por restrição elétrica.