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O Senai-RN e a CTG Brasil lançaram uma chamada pública para desenvolvimento de soluções focadas em hidrogênio verde. Orçado inicialmente em R$ 18 milhões, está enquadrado no Programa de P&D da Aneel com um prazo de término de 36 meses. As inscrições serão abertas a partir da próxima sexta-feira, 22 de outubro, até o dia 19 de novembro por meio da plataforma de inovação da indústria. A promessa é de que os interessados tenham resposta para a convocação até o final do ano.
Segundo Rodrigo Mello, diretor do ISI-ER, a ideia é de realizar a análise inicial das propostas recebidas até o início de dezembro e concluir a chamada dos selecionados até o final de 2021. Essa agilidade, explicou ele à Agência CanalEnergia, é uma demanda de institutos que relataram demoras muito expressivas em análises dessa natureza no mercado, por exemplo, há casos que levaram até um ano.
“Serão 15 dias para avaliar de forma comparativa as propostas com o objetivo de termos a certeza de que estaremos investindo bem os recursos disponíveis”, disse Mello.
No foco do ISI-ER estão projetos diversos e que estejam de alguma forma relacionada ao hidrogênio verde. Ele relaciona ideias voltadas à otimização de processos que já existem, produção de hidrogênio verde, desenvolvimento de materiais, entre outras áreas desde que tenha o hidrogênio verde como objetivo. “Nossa intenção é gerar valor quanto ao assunto hidrogênio verde”, ressaltou.
Rodrigo Mello, do ISI-RN, afirma que o H2 Verde tem tudo a ver com a eólica offshore
Inclusive, destacou que o potencial de geração eólica offshore no Brasil pode ser um grande aliado nesse processo. Ele lembra que o próprio Instituto realizou um estudo sobre esse tema. Nas medições realizadas foram verificados 140 GW de capacidade. Esse volume foi alcançado com torres de 100 metros de altura em pequenas regiões do litoral do Rio Grande do Norte e Ceará, a uma distância que variou de 20 a 30 quilômetros da costa.
“Claro que essas regiões são as melhores em temos de potencialidade offshore, mas representam apenas um pedaço mínimo do nosso litoral, então vemos que a capacidade brasileira é imensa”, relatou. “Para a produção desse combustível verde é importante uma fonte como essa, então vejo que a eólica offshore tem tudo a ver com o hidrogênio verde”, acrescentou.
O relacionamento entre o Senai e a CTG Brasil não começou com essa iniciativa. Mello contou que já há projetos em relação à solar fotovoltaica também por meio do chamado ‘Habitat de Inovação’. Por conta dessas ações que iniciaram a chamada para H2 Verde. Mas, acrescentou que apesar disso a chamada é aberta a todos interessados, sejam institutos, universidades, startups, micro e pequenas empresas, agentes do setor no geral. Por isso, diz que os R$ 18 milhões colocados pelo edital são uma base de referência que é necessária para o enquadramento do P&D da Aneel. Com o aumento de parcerias no projeto a tendência é de aumentar os investimentos.
“A sociedade virou a chave e considera que precisa consumir energia que não emite carbono, agora o que temos na discussão são os limites de uso de energia que ainda é poluente”, avaliou.
O Senai-RN trabalha com fontes renováveis, tanto eólica quanto solar fotovoltaica, e no campo da sustentabilidade. São iniciativas que visam aprimorar metodologia de prospecção e dados meteorológicos, bem como desenvolvimento de equipamentos, apoio à indústria