O consumo de energia em outubro desacelerou em comparação ao mesmo período do ano passado. A mais recente estimativa é de que fique 3,8% abaixo na comparação mensal. Os dois maiores submercados é que são os responsáveis por esse movimento. No sul está a previsão de maior queda, 7,6% e no Sudeste/ Centro-Oeste é de 5,8% a menos. Nos outros dois a projeção é de crescimento, no Nordeste é de 3,9% e no Norte está em 1,9%.
Se a previsão se confirmar, o NE passa o Sul e passa a ser a segunda maior região do país em termos de carga com 12.259 MW médios contra 10.972 MW médios na parte mais meridional do Brasil. Os dados constam da quarta revisão semanal do Programa Mensal de Operação, divulgado pelo ONS.
Segundo o documento, a previsão de vazões continua com o SE/CO apresentando o volume de energia natural afluente mais elevado, pouco acima da média histórica, com 101% da MLT. Em seguida aparecem o Sul e o Norte com 90% e o NE segue com a menor média, 44% da MLT.
O nível de reservatórios projetado para o final de outubro segue a tendência das afluências. A estimativa é de que no SE/CO aumente o nível, mesmo estando ainda, oficialmente, no período seco, dos atuais 17,6% deverá elevar até 17,8%, ainda assim, o mais pressionado dos quatro submercados no país. Na outra ponta está o Norte que deverá encerrar o mês com 46,6%. O sul vem logo em seguida com 44,3% e o NE com 36,2%.
O CMO médio estimado continua em queda, da semana operativa que se encerra nesta sexta-feira para a próxima redução é de pouco mais de R$ 11/MWh. Está em R$ 161,01/MWh em todo o país sendo a carga pesada e média em R$ 162,81 e a leve em R$ 159,02/MWh.
Se não houvesse a determinação de despacho térmico fora da ordem de mérito e todas as demais medidas de combate à crise hídrica, o volume de geração dessas usinas seria de 6.780 MW médios. A maior parte, com 4.704 MW médios por inflexibilidade e outros 2.034 por ordem de mérito e 42 MW médios por restrição elétrica. Assim, a perspectiva é de que o volume acumulado de Encargos Serviços do Sistema (ESS) continue a se elevar.
Em termos de meteorologia foram registrados volumes elevados de precipitação, superiores à média
semanal nas bacias dos rios Iguaçu, Paranapanema, Tietê, Grande e Doce, na incremental a UHE
Itaipu e no alto São Francisco. Nas bacias hidrográficas do Norte houve pancadas de chuva, típicas desta época do ano.
Para a próxima semana deverá ocorrer precipitação nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste
e no centro-sul da Bahia. Nas bacias dos rios Paranapanema, Tietê, Grande, Paranaíba e no médio e baixo São Francisco são superiores à média semanal. Por sua vez, nos rios Jacuí, Uruguai e Iguaçu, a precipitação é inferior. E as bacias dos rios Tocantins, Xingu e Tapajós deverão apresentar chuvas e e os valores previstos são superiores à semana anterior. Enquanto isso, as demais bacias de interesse do SIN, apresentam precipitação igual à média da semana anterior.