O Ministério de Minas e Energia concluiu que não há benefícios na aplicação do horário de verão. Se adotado novamente, não produziria resultados na redução do consumo nem na demanda máxima ou na mitigação de riscos de déficit de potência. E ainda, que as medidas tomadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética têm se mostrado suficientes para garantir o fornecimento de energia elétrica ao SIN na transição do período seco para o período úmido.
Em nota, a pasta ressaltou que solicitou novos estudos sobre o horário de verão ao Operador Nacional do Sistema Elétrico para o enfrentamento da atual conjuntura hidroenergética. Inclusive, o próprio diretor geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, havia comentado sobre esse fato no CanalEnergia Entrevista do qual ele participou.
E segue o comunicado do MME dizendo que de acordo com essa avaliação do ONS, não foi identificada economia significativa de energia, pois a redução observada no horário de maior consumo, ou seja, das 18h às 21h, é compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, especialmente no início da manhã. Além disso, pelas prospecções realizadas, não haveria impacto sobre o atendimento da potência, pois o horário de verão não afeta o consumo no período da tarde, quando se observa a maior demanda do dia.
Segundo o ministério, na avaliação mais recente das condições de atendimento eletroenergético do SIN, realizada pelo ONS para outubro, verifica-se que o sistema se encontra com recursos energéticos suficientes para o adequado atendimento à potência.