Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Um novo relatório da BloombergNEF (BNEF) e dos Fundos de Investimento do Clima detalha como o capital privado foi alavancado com sucesso para apoiar o crescimento da energia renovável nas nações em desenvolvimento. A publicação oferece insights específicos sobre como aumentar ainda mais esse investimento em determinados mercados. Inclusive, publicaram um roadmap específico para o Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Marrocos. Em geral, os mercados emergentes são vistos como locais chave para a transição energética

O relatório ‘Multiplicando a transição: soluções baseadas no mercado para catalisar investimentos em energia limpa em mercados emergentes’ (disponível para download em inglês), apresenta exemplos de como estão sendo mobilizados investimentos em energia limpa em mercados emergentes. E ainda, examina a evolução da implantação de fundos e atividades de arrecadação em mercados emergentes, bem como, explora quatro casos em que a intermediação atingiu os principais objetivos.

Apesar de atingir um recorde anual de US$ 501 bilhões, em 2020 o investimento global na transição energética tornou-se mais concentrado nas nações mais ricas, provavelmente devido à pandemia covid-19, avalia a BNEF. Apesar disso, considera que os mercados emergentes são, no entanto, essenciais para alcançar a transição energética global.

Isso porque há uma expectativa de que com a rápida expansão econômica e a melhoria do acesso à eletricidade, a empresa espera que esses mercados emergentes respondam por 68% da demanda global de energia até 2050. Por este motivo é criada uma necessidade urgente não apenas de garantir que a nova capacidade de geração de energia seja limpa, mas também que o fóssil existente ativos são substituídos com sucesso por renováveis.

Os roteiros do relatório oferecem caminhos possíveis para descarbonizar o setor de energia na Índia, África do Sul, Indonésia e Marrocos, bem como o setor de transporte no Brasil. E os tipos de capital mais apropriados para uso por país e tipo de setor.

Brasil

Sobre o país, o relatório da BNEF utilizadas dados do PNE 2050 que aponta como meta ter 45% de sua energia primária derivada das renováveis até 2030. Como o foco do relatório no Brasil é sobre o transporte, pois é onde há o maior espaço para a redução das emissões, os biocombustíveis ganharam destaque. Tanto que reforça que a matriz elétrica nacional já é relativamente limpa atualmente.

“O mix de energia do Brasil hoje é relativamente limpo. O país tem dependência pesada de energia hidrelétrica, que é responsável por quase dois terços da capacidade, a fonte de energia renovável em geral está em 82% da geração, incluindo grandes UHEs. Excluindo grandes hidrelétricas, energias renováveis representam 23% da capacidade. A matriz de energia limpa do país tem implicações positivas para eletrificação do transporte”, comentou a BNEF.

E acrescentou que o setor de energia elétrica hoje responde por uma pequena parte das emissões globais de CO2 do Brasil, e que mais reduções são esperadas com a elevação da geração de fontes renováveis e a redução das fósseis. De acordo com a perspectiva de menor custo do BNEF, as emissões do setor de energia diminuem de 51MtCO2e em 2019 a 19MtCO2e em 2050, mais de 60% de redução do nível de hoje.

Aponta ainda que o gás natural terá seu papel na rede elétrica para fornecer backup e atender à demanda de pico. Assim, suas emissões recuarão para um quinto dos níveis atuais em 2030. Para acessar o relatório sobre o Brasil, clique aqui.