Em teleconferência com investidores, os executivos do Grupo Equatorial enfatizaram que a recente aquisição bilionária da Echoenergia faz parte do plano estratégico da companhia de aquisição e diversificação do portfólio, que inclui a entrada no segmento de geração de energias renováveis e fortalecimento da comercialização.
Desde o começo do ano a companhia estava de olho em mais de 6 gigawatts (GW) em projetos de renováveis nos últimos meses, entre empreendimentos novos e já existentes. A decisão do que comprar no mercado veio com a aquisição da Echoenergia por R$ 6,7 bilhões, a maior aquisição já realizada pela empresa, que não deu outros detalhes da transação, pois está em período de silêncio.
O presidente da empresa, Augusto Miranda, está animado com a entrada do grupo no segmento de renováveis, motivado principalmente pelo apelo ESG (Environmental, social and corporate governance, na sigla em inglês), e também pelo que ele considera um bom negócio. “Pagamos um preço atrativo para o equity com retorno de dois dígitos”, diz.
Miranda se embasa em dados para reforçar o negócio da empresa. O executivo cita os dados do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), que nos próximos dez anos, mais de 20 GW de energias renováveis devem ser incrementados à matriz e estão previstos mais de R$116 bilhões em investimentos.
“A Echoenergia tem negócios focados no Nordeste com 1,2 GW de capacidade instalada e 1,1 em pipeline, com potencial de se tornar a maior geradora renovável do Brasil”.
Hoje, a companhia é forte principalmente na distribuição, que recentemente arrematou empresas de distribuição. Entretanto, o grupo abriu espaço na comercialização de energia e recentemente venceu a concessão de saneamento no Amapá e agora mira o segmento de geração.
“A expansão de renovável e uma avenida de crescimento para a equatorial se tornar um player em diversos segmentos de energia, atuando em setores de grande impacto nos próximos anos”.