O mês de novembro, que tradicionalmente marca o início do período úmido no país, chegou e com ele uma indicação inicial positiva. A projeção de vazões para o período no maior submercado do país continua acima da média histórica de 91 anos. A estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico é de que a energia natural afluente para o Sudeste/Centro-Oeste é 106% da MLT. Mas ainda assim não é o maior nível, no Norte é esperado 155% da média, no Nordeste 76% e no Sul 64% da média.
Segundo o relatório do Operador, no mês de outubro observou-se a ocorrência de precipitação nas bacias hidrográficas localizadas na região Norte e no São Francisco. Os maiores totais de precipitação ocorreram na bacia do rio Paraná, exceto na sub-bacia do rio Tietê, que apresentaram totais superiores à média histórica. Nas demais bacias hidrográficas de interesse do SIN a precipitação foi inferior à média histórica.
De acordo com dados do Programa Mensal de Operação para novembro, a estimativa é de que a carga apresente expansão na comparação com o mesmo período de 2020. A perspectiva é de uma alta de 1,4%. Esse volume reflete a queda de 0,3% no SE/CO e altas de 5,1% no Norte e de 5,3% no NE, bem como a elevação de 1,3% no Sul.
A análise do ONS aponta que as projeções de carga para o mês de novembro/21 levaram em consideração a permanência do setor industrial em modo de expansão, apesar da oscilação em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais. Além da retomada da abertura da economia e da melhorado setor de serviços.
O nível do armazenamento dos reservatórios no SE/CCO tende a continuar em elevação. No submercado SE/CO o mês de outubro começou com 17,5%, novembro com 18,1% e a perspectiva é de chegar ao início de dezembro com 18,7%. Outro destaque é o Sul que em outubro estava com 30,9%, agora com 50,2%, contudo deve ocorrer uma reversão e é esperado que em 1º de dezembro apresente 45,6%. No NE os níveis ficaram em 42,2%, 36,4% e 35,9%, respectivamente. Já para o Norte 62,9% no início de outubro, 47,3% em novembro e chegue na abertura do último mês de 2021 com 35,7%.
Com isso, a perspectiva de CMO médio recuou, agora para menos de R$ 95/MWh. O valor continua equacionado em todo o país. Na carga pesada é calculado em R$ 95,15, na média em R$ 94,22 e na leve em R$ 93,67/MWh. Com isso a tendência é de aumentar ainda mais o valor do ESS por segurança energética, uma vez que o despacho fora da ordem de mérito continua.
A previsão de despacho térmico sem o comando de GFOM dado pela CREG ao longo do período úmido seria de 7.237 MW médios. A maior parte, 5.132 MW médios por inflexibilidade, 2.035 MW médios dentro da ordem de mérito e mais 70 MW médios por restrição elétrica.
Na semana a previsão é de ocorrer precipitação nas bacias hidrográficas localizadas na região Sudeste e Centro-Oeste, com valores previstos próximo a média semanal. As bacias localizadas na região Sul apresentam precipitação devido a atuação de áreas de instabilidade, embora os valores sejam inferiores à média semanal.