Muito se houve falar da La Niña e para entender melhor como o fenômeno pode impactar a geração de energia, o Boletim mensal da Climatempo, que já está disponível na Biblioteca do Portal CanalEnergia, traz como tema “La Niña a bordo: Qual o impacto no setor de energia?”
O El Niño Oscilação Sul (ENOS), fenômeno que se forma no Oceano Pacífico, é um fenômeno de grande importância para a Meteorologia por se tratar de um fenômeno de teleconexão, isto é, impacta as condições de tempo e clima em várias regiões do globo. O ENOS envolve a interação entre dois componentes: o oceano e a atmosfera. De acordo com o boletim, no último dia 14 de outubro, o Climate Prediction Center (CPC) confirmou que já estamos a bordo da fase fria do ENOS, a La Niña, e que esta persistirá para os próximos meses. Essa informação é importante para entender os impactos do fenômeno na qualidade do próximo período chuvoso (verão de 2022).
Depois de explicar como o fenômeno La Niña pode alterar a precipitação na América do Sul, a Climatempo destaca como o setor de energia pode ser afetado. Para a recuperação dos reservatórios, são necessárias estações chuvosas de qualidade, isto é, uma estação com alto volume de chuva bem distribuída temporal e espacialmente. Em uma fase de La Niña, a expectativa é que a geração hídrica no Sul do país seja afetada negativamente, principalmente em episódios canônicos, dada a possível redução da precipitação e, consequentemente, do abastecimento dos rios e reservatórios. Já nos episódios Modoki, espera-se que a geração hídrica seja afetada negativamente nas regiões Central e Sudeste do Brasil, podendo até afetar o padrão de convergência de umidade da região.
No âmbito da geração eólica, no Nordeste do país, região onde se encontram os principais parques eólicos, é afetada em anos de La Niña quando o potencial eólico na região sofre redução, isto porque a velocidade do vento diminui devido a mudança na circulação atmosférica. Em condição de La Niña, espera se que a geração solar seja favorecida em regiões com redução da precipitação, como as regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil. Isto porque, com menor nebulosidade, mais radiação incide sobre as placas solares.
Para saber mais detalhes do boletim, acesse o portal da Climatempo e nossa Biblioteca , além de acompanhar as novidades, toda quarta-feira, ao vivo, no CanalEnergia Live.