A Engie Brasil fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 639 milhões, alta de 30,4% em comparação ao mesmo período do ano passado e acumulando R$ 1,5 bilhão nos últimos nove meses. A empresa apresentou seus resultados financeiros na noite da última quinta-feira, 4 de novembro, reportando receita líquida de R$ 3,4 bilhões, 5,6% acima do apurado na comparação anual.
O Ebitda consolidado da companhia atingiu R$ 1,7 bilhão, crescendo de 22,1% e chegando a R$ 4,9 bilhões no acumulado do ano. Segundo a Engie, parte dos resultados se deve ao reconhecimento dos efeitos da Lei 14.182/21, que possibilitou a recuperação de custos passados de energia, relativos à repactuação do risco hidrológico de suas hidrelétricas, totalizando R$ 372 milhões.
Em breve também serão reconhecidos os valores referentes às usinas com participação acionária da companhia, caso das hidrelétricas Itá, Machadinho e Estreito. Falando em geração, mesmo com a crise hídrica foi verificado apenas 1,8% de queda na produção de energia em comparação mesmo trimestre de 2020. Dentro desse quadro o parque hídrico reduziu 7,5% e o despacho termelétrico subiu 11,2%, além do acréscimo de 20,1% nas usinas complementares, devido à entrada em operação comercial integral da eólica Campo Largo 2.
Para a empresa, a posição de caixa é confortável, na ordem de R$ 4,6 bilhões, e a relação dívida líquida/Ebitda permanece próxima ao patamar de 2x. A previsão de investimentos para esse ano é de R$ 3,5 bilhões. Com a aquisição de Assú Sol, houve uma revisão dos aportes estimados para 2022 e 2023, ficando em R$ 1,9 bilhão e R$ 800 milhões respectivamente.