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Em Assembleia realizada na sexta-feira, 5 de novembro, o presidente do Conselho da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Guilherme Chrispim, assumiu a presidência executiva associação, no lugar de Carlos Evangelista, que agora assume o cargo de presidente do Conselho para o biênio 2022/2023.

Essa dança de cadeiras entre executivos que já conhecem bem o dia a dia da entidade pode parecer normal, mas o fato é que diante de tantos desafios, se formou um consenso sobre o nome de Chrispim, já que a eleição foi de chapa única e não houve disputa. As atribuições do economista também mudam bastante, já que ele sai dos bastidores para a liderança central da ABGD.

“Como presidente do conselho, eu fazia um papel de bastidores (…) levando a percepção do conselho para a diretoria. Agora invertem se os papéis na ideia de dar continuidade ao que vem sendo feito”, diz. Entre os obstáculos pela frente estão a aprovação do Marco Legal da geração distribuída, a questão dos custos e disponibilidade de equipamentos que vem pressionando a cadeia produtiva, os entraves com distribuidoras e formação de mão de obra para dar conta de um mercado represado que pode crescer muito no futuro.

“A questão do fornecimento de equipamentos é um problema global e pode ser que isso nos impacte de alguma maneira. O frete internacional também é algo a ser superado, já que boa parte dos equipamentos são importados e a gente percebe alguns desafios para o ano de 2022”.

Aprovação do PL 5829
O desenvolvimento de um arcabouço legal por meio da aprovação do Marco Legal da microgeração e minigeração distribuída é prioridade para a ABGD no momento. A matéria, contudo, encontra resistência de entidades como Abradee, Abrace, Anace, Idec e Conacen e aguarda apreciação do Senado, mas a expectativa da associação é que até o final do ano aconteça a aprovação do PL 5829. “Sendo aprovado, 2022 será um ano bem alavancado para o setor, principalmente a fonte solar fotovoltaica”, prevê.

Para o presidente eleito, o contexto atual da crise energética, influenciada pela crise hídrica, traz ainda mais urgência para a aprovação da matéria, que poderá ajudar a minimizar os impactos na operação e na alta dos preços da energia.

Hoje existem cerca de 7,5 GW de potência em GD predominantemente concentrada em solar. Ele destaca ainda que outras fontes de geração distribuída precisam de desenvolvimento, como biogás, PCH, biomassa, que se enquadram na GD, mas não têm protagonismo. “A ideia é trazer as possibilidades de como podemos contribuir para essas outras fontes”.

“A questão do fornecimento de equipamentos é um problema global e pode ser que isso nos impacte de alguma maneira. O frete internacional também é algo a ser superado, já que boa parte dos equipamentos são importados”
Guilherme Crispim, da ABGD

Impasse com distribuidoras
Em um momento de desestímulo de consumo por conta da crise hídrica, as distribuidoras veem parte significativa das receitas diminuírem. Soma-se que as concessionárias reclamam que a GD que tem tirado mais receita das companhias pelo não pagamento do fio. Chrispim bota panos quentes sobre a discussão e espera que isso seja entendido junto à Aneel, já que “cada uma propõe de formas distintas de entendimento de validação do processo”.

Os demais membros da Diretoria Executiva da ABGD (biênio 2022/2023) são: Carlos Felipe e Adalberto Maluf (vice-presidentes), Rogério Duarte (diretor financeiro) e Joaquim Rolim (diretor técnico).