Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O país conseguiu passar por 2021 em termos de fornecimento de energia e agora a expectativa se volta para 2022. Segundo cálculos da PSR, o atendimento à demanda do ano que vem apresenta um risco de racionamento entre 2,1% a 8,8% a depender dos cenários rodados pela consultoria. Na avaliação da empresa, esses índices são gerenciáveis, mas demandam atenção e monitoramento contínuo.

De acordo com a edição de outubro da publicação mensal Energy Report, a conjuntura atual com as chuvas do mês passado, mesmo considerando uma premissa ruim para novembro, somados à entrada de um novo período úmido, a sobreoferta em termos de potência instalada, reforços de transmissão e ações que o governo pode tomar, “resulta em riscos relativamente baixos de racionamento para ano que vem, mas não nulos”, avalia.

De acordo com a consultoria fluminense, a experiência com a gestão da crise hídrica de 2021, assim como as atividades da CREG, citando a flexibilização de restrições e limites operativos, são importantes.

“Em particular, observamos que as questões associadas aos usos múltiplos da água formam os maiores fatores de preocupação para o risco de suprimento de 2022. Por exemplo, nas sensibilidades analisadas, o hidrograma de Belo Monte mostrou ser o principal fator de preocupação”, destaca a empresa na publicação.

Nessa questão da UHE no rio Xingu, ao se considerar um volume mais restrito, que reduz as vazões para o chamado “hidrograma Ibama”, os riscos de qualquer racionamento aumentam de 6% para cerca de 10%.

Com isso, aponta que os principais fatores a serem monitorados são as questões associadas aos usos múltiplos da água (principalmente o hidrograma de Belo Monte e as defluências mínimas), e ainda, a disponibilidade dos equipamentos de geração e de combustíveis, bem como a transmissão, manutenção do despacho térmico “forçado” das térmicas a gás no período úmido de 2022 e o monitoramento da expansão da oferta.

Mas, ressalta que o fator relacionado às vazões será sempre fundamental para o setor elétrico brasileiro. E cita que afluências acumuladas no período de dezembro 2021 a abril 2022) acima de 80% da MLT eliminaram os riscos de racionamento no pior caso analisado, Caso 4, no ano de 2022. “E, ainda neste caso, se tivermos afluências próximas às realizadas no último período úmido (73% da MLT), o risco de um racionamento de até 5% da demanda é de 4,5%”.

A PSR traz um estudo com seis cenários que avaliam com diferentes premissas as condições de fornecimento de energia para 2022. A metodologia utilizada para a análise é semelhante à das publicações passadas, mas com diferentes fatores de incerteza.

Foram utilizados a criação de cenários de vazões por dois modelos estocásticos de afluências: o oficial e um modelo que representa o “novo normal” de secas mais frequentes e severas. Cenários de entrada de nova oferta em 2022, alteração do já citado hidrograma de Belo Monte, ações de flexibilização de restrições aplicadas pela CREG para 2022 e geração térmica fora da ordem de mérito.