O Grupo Energisa registrou lucro líquido R$ 863,9 milhões ao fim do terceiro trimestre, volume 6,3% menor do que os R$ 921,7 milhões alcançados no mesmo período do ano passado, apontam as demonstrações financeiras da empresa, divulgadas na noite da última quinta-feira, 11 de novembro.

A receita operacional líquida, sem contar a receita de construção, registrou variação positiva de 53,5% alcançando R$ 6,6 bilhões entre julho e setembro na comparação com os mesmos meses do ano passado; e 35,7% para R$ 16,8 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2021.

O Ebitda chegou a R$ 1,7 bilhão, aumento de 42%. Somando os primeiros nove meses do ano, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização acumulou R$ 4,4 bilhões, 58,2% maior que janeiro a setembro do ano passado.

Já os investimentos consolidados passaram de R$ 1,194 bilhão para R$ 646,5 milhões no terceiro trimestre desse ano, alta de 84,7%. No acumulado do ano, os aportes chegam a R$ 3 bilhões, representando crescimento de 49,5%.

Destacam-se os aportes para Energisa Acre (727%), Energisa Mato Grosso do Sul (167,5%), Energisa Mato Grosso (109,9%) e Energisa Sergipe (100,1%). Considerando apenas investimentos em ativos elétricos no terceiro trimestre, a concessão de Rondônia foi a que mais recebeu aportes, com R$ 226,5 milhões, incremento de 47,2% na comparação anual.

Mercado de energia 

No trimestre encerrado em setembro, o consumo total de energia elétrica nas áreas de concessão das 11 distribuidoras do Grupo Energisa atingiu 9.148,3 GWh, subindo 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando o consumo não-faturado a variação foi de 1,6%.

Segundo a companhia, contribuiu para a alta o aumento das flexibilizações sanitárias, em meio ao avanço da vacinação no país, além do clima seco, sobretudo nas regiões de concessão do Nordeste. Vale ressaltar que o terceiro trimestre de 2021 mostrou aumento de 3% quando comparado ao mesmo período pré-pandemia, em 2019.

Os segmentos de maiores destaques foram as classes comercial (6,8% ou 103,9 GWh), residencial (1,5% ou 49,6 GWh) e industrial (1,8% ou 35,2 GWh). A classe comercial contribuiu com mais de 40% do incremento de consumo do trimestre (cativo + livre), apresentando a maior alta para o período em sete anos.

O segmento residencial obteve crescimento significativo, apesar da alta base de comparação e do clima bem mais ameno que do ano anterior nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, enquanto a indústria teve alta acima da média dos últimos dez anos (1,1%), direcionada principalmente pelo setor têxtil, minerais metálicos e não metálicos e peças para veículos.

Qualidade do Serviço 

Todas as 11 concessionárias do grupo obtiveram desempenho superior à meta da Aneel para o FEC (frequência das interrupções) e dez distribuidoras conseguiram o mesmo resultado para o DEC (duração das interrupções) neste trimestre. A Energisa Rondônia ficou acima do limite do DEC e segue perseguindo a meta estabelecida pelo regulador.