A perspectiva de melhoria que levou o Operador Nacional do Sistema Elétrico a suspender o recebimento de ofertas do programa de resposta da demanda pode ser verificada nas projeções do PMO de novembro. A segunda revisão, divulgada nesta sexta-feira, 12 de novembro, aponta pela primeira vez para um volume acima de 20% ao final de novembro no Sudeste/Centro Oeste. É o único submercado com elevação do nível com 21,3%. No Sul é projetado 53,4%, 35,3% no Nordeste e 34,9% no Norte.
A energia natural afluente para o SE/CO e no Norte estão acima da média de longo termo, sendo 112% e 189%, respectivamente para o final do mês. No NE a estimativa é de alcançar 89% e no Sul 61% da MLT.
Ao mesmo tempo a carga está desacelerando, agora a previsão é de aumento de 0,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No SE/CO a estimativa é de queda de 0,7%. Nos demais há a previsão de crescimento sendo de 2% no Sul, 2,6% no NE e 4,5% no Norte.
O custo marginal de operação médio recuou a R$ 68,91/MWh, quase 31% a menos do que no período de sete dias atrás. A carga pesada está em R$ 70,09, na média a R$ 69,18 e na leve R$ 68,40/MWh.
Com isso, a estimativa de despacho térmico na semana operativa caso não houvesse o comando de GFOM para enfrentamento à crise hídrica seria de 6.827 MW médios. A maior parte por inflexibilidade com 5.036 MW médios e 1.719 MW médios por ordem de mérito e ainda 72 MW médios por restrição elétrica.
Quanto à meteorologia, a semana passada apresentou precipitação em todas as bacias hidrográficas do SIN. Nas bacias dos rios Paranaíba, São Francisco e Tocantins os totais observados foram próximos à média semanal. As demais apresentaram totais de precipitação inferiores à média semanal. E para os próximos sete dias deve ocorrer precipitação nas bacias hidrográficas localizadas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.