A Eletrobras reportou um lucro líquido de R$ 965 milhões no terceiro trimestre do ano, queda de 66% na comparação com o mesmo período do ano passado. No ano, o resultado líquido da empresa soma R$ 5,1 bilhões aumento de 13% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A empresa explicou que esse desempenho refletiu ajustes na contabilização de provisões para contingências de R$ 9,4 bilhões, referentes ao provisionamento de empréstimo compulsório. Houve a reclassificação de risco que passou de perda remota para risco de perda provável.

O resultado ebtida (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou de R$ 5,4 bilhões para R$ 5,6 bilhões, elevação de 4%. No acumulado do ano o valor aumentou 18% para R$ 12,7 bilhões.

A receita operacional líquida passou de R$ 6,6 bilhões para R$ 10 bilhões neste trimestre, um crescimento de 50%, influenciada pelo efeito na receita de transmissão da revisão tarifária periódica. Por segmento, geração apresentou receita de R$ 6,5 bilhões ante R$ 5,3 bilhões do mesmo trimestre de 2020 e transmissão passou de R$ 2,8 bilhões para R$ 4,9 bilhões. No ano os valores ficaram em R$ 18,1 bilhões e R$ 12,4 bilhões, respectivamente.

Em termos de investimentos os aportes ficaram em pouco mais de R$ 1 bilhão de julho a setembro. No ano são R$ 2,5 bilhões, aumento de 82% na comparação com os nove meses de 2020.

Geração recebeu a maior parte, foram investidos R$ 570 milhões no trimestre, sendo R$ 375 milhões destinados a Angra 3 e R$ 139 milhões para manutenção. Para a transmissão de energia, o investimento foi de R$ 378 milhões no trimestre, dos quais R$ 300 milhões voltados para reforço e melhorias.

Com isso, a dívida líquida recorrente caiu 9%, no final de setembro estava em R$ 19,1 bilhões. A alavancagem medida pela relação entre a dívida líquida recorrente sobre o ebtida recorrente caiu de 1,9 vez para 0,9 vez.