O Ministério de Minas e Energia apresentou nessa semana os resultados obtidos em 12 meses pela Rede de Aprendizagem em Eficiência Energética e Gestão de Energia na Indústria (RedEE Indústrias), projeto realizado em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e a Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) para fomentar a área por meio da capacitação e troca de conhecimento entre indústrias de diferentes segmentos.
Os dados obtidos apontam para uma economia de 38,12 GWh/ano com ações de eficiência e utilização de fontes renováveis como biogás, biomassa e fotovoltaica, totalizando 31,14 GWh/ano. A iniciativa ofereceu acompanhamento técnico e análise do consumo de energia para implementação das medidas.
A coordenadora-geral de Eficiência Energética do MME, Samira Sana, falou sobre detalhes do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE2030), destacando a importância de estratégias de redução de consumo energético. “A eficiência energética abaterá 17 milhões de toneladas equivalentes de petróleo em 2030, o que corresponde a 5% do consumo final energético brasileiro”, afirmou.
Segundo ela, o grande desafio para alcançar números ainda mais expressivos é o engajamento do setor industrial no tema, visto que a eficiência energética ainda não é vista como prioridade e muitas instituições perdem a oportunidade de reduzir sua demanda energética porque desconhecem seu consumo.
A representante do MME explicou que as empresas participantes definiram metas e ações de curto e médio prazos, como adequação de projetos de recuperação de calor, substituição de bombas de circulação de água, substituição de luminárias fluorescentes por luminárias de LED, entre outros.
A iniciativa também forneceu capacitação técnica de alto nível acerca de diversos temas relevantes para o entendimento do mercado de energia nacional, além de metodologias de planejamento e desenvolvimento de projetos de eficiência energética.
Segundo a gerente de Produçção, Energia & Utilities da General Motors, Michele Fernanda Faria, os resultados foram atingidos e a empresa conseguiu ter uma nova visão para o chamado business cases, com alguns pontos que até então não eram percebidos, trazendo uma visão técnico-financeira mais apurada e melhorando os paybacks.
“As discussões proporcionadas pelo programa deram maior segurança para tomada de decisão e aprovação de projetos”, complementa. As 11 empresas participantes da iniciativa foram Danone, GELITA, General Motors, Grupo Maringá Ferro-Liga, Hyundai, Novelis, Randon, Robert Bosch, Suzano, Unipar Carbocloro e Wheaton.