fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A Eletrobras acredita que a operação de capitalização da empresa deverá ocorrer na primeira janela do ano de 2022, a data limite é 14 de maio. Mas a estimativa é de em abril seja efetivada caso as condições de mercado sejam favoráveis e o preço da ação esteja acima do mínimo que será estabelecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o presidente da companhia, Rodrigo Limp, não há estimativa de que esse prazo seja ultrapassado uma vez que o processo está em andamento dentro do previsto.
“Nossa expectativa é essa mesmo, até 14 de maio ou até antes, em abril que eu creio ser possível de realizarmos a operação”, comentou ele em coletiva sobre os resultados da empresa no trimestre. “Hoje não temos expectativa de postergar, mas sabemos que o cronograma é complexo e intenso. No que se refere ao ambiente externo há atos que não estão sob nosso controle, mas mesmo assim acreditamos na viabilidade de operação nessa janela”, disse ele.
Entre as questões alheias ao controle da Eletrobras estão ações judiciais questionando a operação de venda da estatal a até mesmo um eventual pedido de vista por parte de algum outro ministro do TCU quando do julgamento do processo. Para isso, Limp lembrou que equipes técnicas e a diretoria da empresa estão em constante contato com todos os ministros do colegiado para, em suas palavras, “mitigar o risco de que esse pedido possa ocorrer, apesar de ser uma prerrogativa que os magistrados possuem caso julguem necessária essa ação.”
De acordo com o cronograma apresentado pela Eletrobras ainda em novembro deverá ocorrer a deliberação do primeiro Acórdão com a corte, mas em função do adiantar do mês já admite que o prazo possa ser estendido. Mas em sua análise, isso não deverá atrasar o processo que ainda demandará um segundo acórdão. O primeiro refere-se ao valor das outorgas e da CDE. O segundo diz respeito à segregação de Itaipu e da Eletronuclear, bem como em relação à oferta de ações.
Limp explicou que não há impedimento legal de a operação ser realizada em função da proximidade das eleições de 2022 caso o prazo de maio seja perdido. A segunda janela seria de final de junho a final de julho. O único impeditivo, contudo, pode ser pelo mau humor do mercado acionário que apresenta volatilidade diante de incertezas no cenário político.
A diretor Financeira e de Relações com Investidores da Eletrobras, Elvira Presta, lembrou que a oferta pode ser retirada justamente se o mercado não se mostrar favorável à venda de ações. “Temos visto diversas empresas que desistem ou interrompem o processo por conta de reversão de ambiente e isso é natural no mercado de capitais. Isso pode acontecer em qualquer oferta pública”, admitiu a executiva que disse haver demanda pelos papeis da companhia.
Limp descreveu essa possibilidade também, ressaltou que se o preço ficar abaixo do mínimo a operação não é realizada, mas acrescentou que não acredita nessa hipótese. “O valor abaixo do que o TCU apontar inviabiliza a operação”, indicou.
Quanto à listagem no Novo Mercado da B3, a meta da companhia continua a ser esta, mas destaca que essa ação deverá ocorrer em momento posterior à capitalização por serem dois processos complexos de serem conduzidos ao mesmo tempo.