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Com quase uma década de atuação no mercado de energia no Norte e Nordeste, a Elétron Energy vê os negócios aumentarem expressivamente a partir de 2020 por conta da franca expansão do segmento de renováveis no setor de eólica e solar. O resultado prático foi um lucro líquido de R$ 28,7 milhões ano passado, uma variação de desempenho de 100%.
Isso se deve, entre outras coisas, à entrada em operação de usinas e a comercialização de energia, que já bateu a marca de 1,5 mil megawatts (MW) mensalmente. Hoje os investimentos em geração somam cerca de R$ 900 milhões em projetos renováveis, além do interesse de construir mais projetos em solar e ampliar os canais de comercialização para o próximo ano.
O CEO da companhia, André Cavalcanti, conversou com exclusividade com a Agência CanalEnergia sobre os projetos e as perspectivas para o futuro e detalhou os objetivos para o futuro e como a companhia está se esquivando do desafiador contexto de pressão sobre a cadeia produtiva, que afeta também o segmento de geração solar.
A companhia atua em comercialização de energia e gestão, mas o segmento de geração é onde os negócios estão mais concentrados. Atualmente são cerca de 200 MWp em construção e três CGHs que foram compradas inoperantes e atualmente estão conectadas para atender consumidores do mercado livre. A empresa detém ainda outros 20 MWp conectados para a geração distribuída, além de 176 MWp de projetos de autoprodução para o ACL.
Para 2022, estão previstos para iniciarem a construção outros 223 MW eólicos na Bahia, um projeto que a empresa detém 25%, mas que o executivo prefere não revelar mais detalhes. “A gente pretende chegar a 500 MW de solar em operação até o final de 2024. Hoje temos aproximadamente R$800 milhões investidos ou em investimento em solar, mais R$ 100 milhões no projeto eólico, além do interesse de construir algo em torno de 400 MW no Nordeste e Centro-Oeste nos próximos anos”.
Metas para o futuro
O foco em solar deve dar o curso da expansão da Elétron Energy. No entanto, a companhia mira em vários alvos para diversificar os negócios. Eles têm uma empresa de varejo focada no estado de Minas Gerais que atende cerca de 30 mil clientes em geração distribuída e a meta é chegar a 1 milhão de clientes até 2024.
“Estamos expandindo essa empresa de varejo pelo Brasil todo para construção de projetos de GD para acessar pessoas físicas”. Já em 2022, eles querem trazer a possibilidade desses novos consumidores terem desconto na conta de energia via contratação por aplicativo. “Estamos focados na área de serviços”.
Nem mesmo a pressão na cadeia produtiva causada pelo câmbio e pela crise logística que afeta o mundo tem tirado o foco do executivo. Cavalcanti reconhece que a cadeia produtiva de geração solar está pressionada, porém o critério da companhia não está na construção de grandes parques, com contratos longos com mais um player e venda em leilão ACR.
“Com os preços de hoje de dólar, placa e frete, a conta fica muito apertada. O negócio como um todo nesta tese fica pressionado. Temos uma estratégia diferente, que é atender clientes menores, clientes mais próximos da Elétron, que temos relacionamento para trabalhar em parceria”, diz.