A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a aplicação de CVU no valor de R$ 2.518,44/MWh para a usina termelétrica Uruguaiana, até 31 de dezembro, já considerando o Custo Variável Unitário e os custos fixos da usina. Para a UTE Cuiabá, foi homologado CVU total R$ 2.407,07/MWh, retroativo ao período de 1º a 15 de novembro. As duas usinas negociaram ofertas adicionais de energia para atendimento emergencial ao sistema elétrico.
Os valores corrigidos refletem o aumento do preço do gás natural contratado pela Âmbar Energia para os dois empreendimentos. Uruguaiana teve o custo variável majorado em 62,46%, o que fará com que o custo total calculado até o fim do ano passe de R$1.487,23/MWh para R$2.416,09 /MWh. A parcela fixa da usina é de 102,35/MWh.
O custo do gás importado da Argentina que abastece a planta subiu 83,53% em relação ao valor anterior, passando de US$ 22,51/MMBtu para US$ 41,31/ MMBtu, na média ponderada dos contratos.
No caso da UTE Cuiabá, o valor reconhecido para os primeiros 15 dias desse mês é composto pelo CVU de R$ 2.338,00, mais receita fixa de R$ 131,81. O custo para 16 a 30 de novembro ainda está em análise pela área técnica da Aneel.
O CVU da usina abastecida com gás da Bolívia aumentou no período anterior porque o gerador teve de recorrer à Petrobras, depois de ter o suprimento do contrato interrompido pela YPFB. De acordo com a empresa boliviana, a causa da suspensão foi uma explosão em seus campos de exploração.
O empreendimento foi enquadrado temporariamente no modelo de usina merchant, empreendimentos sem contrato firme que estão sujeitos à volatilidade dos preços no curto prazo. A expectativa é de que ela volte ao CVU de R$ 1700, mais R$131,81 de custo fixo.