Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

A Delta EAR, a administradora de recursos do Grupo Delta, está otimista com o ambiente de negócios para o próximo ano. A empresa avalia que a perspectiva é de crescimento com o avanço da economia e, consequentemente, do consumo de energia. Tanto que a expectativa é de continuar a colocar ao mercado novos fundos de investimentos cujos objetivos estão em desenvolvimento neste momento.

A companhia possui hoje três ativos com cerca de R$ 1,7 bilhão sob gestão. Para 2022 a estratégia está calcada na capacidade de comercialização de energia que o grupo possui e aproveitar essa expertise para levar conhecimento aos parceiros. De acordo com o sócio da Delta EAR, João Guimarães, essa sinergia que a empresa oferece a investidores e geradores acaba criando um valor adicional aos negócios.

“Ao invés de investir em um negócio e fazer a comercialização toda em PPAs de longo prazo vemos que é possível alocar parcela da energia em outros mercados mais rentáveis e em busca de clientes que não querem contratos de maior duração, assim criamos um portfolio mais diversificado e de menor risco”, aponta o executivo. “Ainda não posso dar detalhes dos novos produtos que apresentaremos ao mercado estão em fase de concepção, mas em síntese a ideia é aproveitar as estruturas de mercado e oferecer ao investidor uma alternativa que eles possam capturar o valor desse mercado”, acrescenta.

No radar da empresa estão projetos de naturezas diversas, não apenas renováveis, mas também não descartam investimentos em térmicas como a feita na UTE Wiliam Arjona que é da Delta. Guimarães lembra que é necessário um mix de fontes para mitigar os efeitos sazonais das diferentes modalidades e que a térmica e sua característica de despachabilidade é a forma de trazer esse equilíbrio. Mesmo assim, o país deverá ver um avanço maior da fontes limpas, a mesma visão que a EPE tem e apresenta no PDE 2030.

Mercado
O mercado para o qual Guimarães olha é de expansão nos próximos anos, dando continuidade à curva ascendente que se mostra no futuro para o mercado livre. E mais, ainda, para aqueles que ainda não estão enquadrados nos requisitos mínimos do ACL há a geração distribuída.

A empresa vê nessas frentes uma oportunidade de negócios para cada perfil de consumidor. Ele ressalta que não há discriminação por parte da Delta EAR a meta é casar as carteiras para o produto mais indicado para cada caso, Tudo voltado à expansão do setor.

Outro ponto que traz esse otimismo está baseado no fato de que a cadeia produtiva do país no mercado livre tem forte apelo ao mercado externo, comoditizado, e portanto, dolarizado. Esse segmento da indústria tem passado por um momento positivo para atender a demanda global commodities minerais ou agrícolas setores altamente intensivos em energia.

“Então não acredito que o consumo no ACL deva ceder ou estabilizar, não. A tendência é de crescimento de um modo geral. Algum setor mais específico pode sofrer com a inflação ou o endividamento das famílias”, avalia.

Nem mesmo a crise hídrica pela qual o Brasil tem passado em 2021 aparenta trazer algum sinal de retração para o executivo. Até porque, pegando os dados mais recentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, referentes à primeira quinzena de novembro mostram que o desempenho do ACL continua em alta.

No mercado livre o consumo nesse período foi de 21.938 MW médios, avanço de 5,2% em relação ao ano passado. Desconsiderando a migração entre o ACR e o ACL o mercado regulado teria retraído em 4,1% o seu consumo, enquanto o livre teria avançado em 1,3%.

Em sua visão, Guimarães conta que para 2022 as perspectivas são positivas uma vez que a estimativa é de que o stress hídrico seja menor do que tivemos neste ano. “Na minha visão é baixa probabilidade de termos crise energética no ano que vem, a tendência é de começarmos o verão com o pé direito, ainda faltam mais 4 meses para o final do período úmido, está cedo para falar que está superada a crise, mas a cada dia vemos que está mais afastada”, avalia ele para quem as atenções deverão estar voltadas a 2023.