O consumo consolidado de energia elétrica entre as distribuidoras da Energisa atingiu 3.266,9 GWh em outubro, redução de 2,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informa o boletim da companhia. As classes residencial e rural puxaram mais de 80% do recuo no mês devido às bases altas de comparação e temperaturas mais amenas, uma vez que apresentaram avanços recordes no ano passado, de 13,6% e 20%, maiores altas para outubro desde 2002 e 2007.

Sete das 11 concessionárias apresentaram recuo na demanda em suas áreas de concessão no período. As quedas mais expressivas foram verificadas no Mato Grosso (4,4% ou 41,2 GWh), Sul Sudeste (7,2% ou 29,4 GWh) e Mato Grosso do Sul (4,9% ou 25,6 GWh). A classe residencial vario 5,2% ou 68,7 GWh negativamente, sendo uma das principais responsáveis pelo resultado, com as mesmas concessões citadas acima demonstrando quedas de 5,9%, 15% e 10,2% respectivamente.

O segmento rural registrou diminuição de 7,7% ou 29,5 GWh, explicada em grande parte pela variação de 11,2% na Energisa Mato Grosso, que teve resultado impactado pela base de comparação alta em relação ao mesmo período de 2020, quando o clima seco, maior uso de irrigação e demanda agrícola aquecida fizeram atingir a maior alta em 14 anos.

Na classe industrial a redução no consumo foi de 2,9% ou 19,4 GWh. As distribuidoras que mais influenciaram no índice foram a EMT (7,6% ou 15,2 GWh), impactada sobretudo pelo segmento de alimentícios, EMS (3,6% ou 4,3 GWh), devido à queda no setor de minerais não metálicos e EPB (5,9% ou 4,1 GWh), afetada principalmente pela desaceleração do setor têxtil.

Incrementos

Em contrapartida, a classe outros foi impactada positivamente, registrando alta de 6,2% ou 23,8 GWh em função principalmente do poder público, em linha com a retomada das aulas na rede pública e atividades do funcionalismo público.

Por fim, a demanda energética entre os comércios mostra um aumento de 0,6% ou 3,5 GWh. O destaque fica para as contribuições da EPB (10,1% ou 6,3 GWh), maior avanço desde outubro de 2008 e a EMT (2,3% ou 3,6 GWh), ambas influenciadas pela continuidade das flexibilizações.

No acumulado do ano o consumo consolidado do grupo chega a 30.642,4 GWh, incremento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando o fornecimento não-faturado, o crescimento no mês foi de 2%, na mesma base de comparação. As altas vieram principalmente da EPB (5,5% ou 198,8 GWh), ESS (3,7% 131,9 GWh), ETO (3,8% ou 77,0 GWh) e EMT (1,2% 91,6 GWh).